RioFilme anuncia programas e metas para 2025, prevendo investimentos acima dos R$ 200 milhões

RioFilme anuncia programas e metas para 2025, prevendo investimentos acima dos R$ 200 milhões

Rodrigo Saturnino Braga
29 jan 25

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Marcelo Piu/Prefeitura do Rio

A Prefeitura do Rio de Janeiro e a RioFilme realizaram, no Palácio da Cidade, um evento para anunciar o programa de ações e as metas da empresa para o ano de 2025. Na plateia, produtores, diretores, distribuidores e exibidores em um ambiente de celebração, devido ao ótimo momento do cinema brasileiro, mas de alegria contida, em função dos desafios sempre presentes na luta por um espaço relevante no mercado audiovisual.

O secretário de Cultura, Lucas Padilha, reafirmou a importância dessa indústria para o Rio de Janeiro, devido ao seu potencial para gerar empregos e investimentos, e ressaltou a capacidade instalada em todos os elos da cadeia produtiva, especialmente no setor de infraestrutura de produção. Ele lembrou as filmagens de Auto da Compadecida 2, realizadas nos estúdios da Quanta no Polo de Cinema e Vídeo, como um exemplo da tecnologia disponível para a produção.

O presidente da RioFilme, Leonardo Edde, agradeceu, em primeiro lugar, a confiança do prefeito Eduardo Paes ao nomeá-lo para o principal cargo da empresa. Logo após, anunciou as diretrizes e as principais metas da organização para este ano e os próximos. Edde apontou algumas marcas importantes alcançadas pelo produto audiovisual brasileiro na cidade: 

  • Foram movimentados, em 2024, R$ 4,2 bilhões, através de 1.700 empresas, responsáveis por 20,4 mil empregos formais

  • 8.800 diárias de filmagens foram autorizadas pela Rio Film Commission, o que coloca o Rio de Janeiro como a cidade com mais diárias emitidas, no ano, na América Latina

  • Em 2024, os filmes brasileiros responderam por 16% dos ingressos vendidos na cidade, um percentual bem acima da marca nacional de 10%. A cidade do Rio de Janeiro é a líder do Brasil neste quesito, empatada com a vizinha Niterói, segundo dados do Box Office Filme B

  • De acordo com a empresa, 90% da renda bruta dos filmes brasileiros, em 2024, e 88% do público foram gerados por obras produzidas ou coproduzidas por empresas cariocas. A média histórica está na faixa de 70%

Leo Edde afirmou as diretrizes organizacionais da RioFilme: planejamento estratégico; gestão de dados e inteligência de mercado; participação política nas grandes decisões a respeito da indústria; e programas de fomento para os diversos campos da economia audiovisual. Neste ponto, anunciou a parceria com o Fundo Setorial do Audiovisual (FSA)/Ancine no programa Arranjos Regionais, através do qual para cada R$ 1 alocado pela entidade regional, o FSA coloca outros R$ 2. Alex Braga, presidente da Ancine, confirmou o investimento de R$ 100 milhões por parte do FSA a serem complementados por R$ 50 milhões aplicados pela Prefeitura do Rio de Janeiro. O presidente da RioFilme anunciou, também, a assinatura de um decreto municipal que libera R$ 30 milhões para execução dos projetos aprovados pelos editais da empresa durante o ano passado. 

No final da cerimônia, o prefeito Eduardo Paes reforçou o compromisso das suas quatro gestões à frente da prefeitura com a indústria audiovisual brasileira, sua importância para a economia da cidade e o esforço para integrar tal prioridade com as atividades desenvolvidas pelo governo federal e por outras prefeituras do estado do Rio de Janeiro. E afirmou que, com o volume de recursos anunciados somados aos futuros projetos, é possível que o total investido no audiovisual carioca neste ano ultrapasse o valor de R$ 200 milhões.