Referência
no mercado de
cinema no Brasil
O ato da criação artística pode ser a ponta mais glamourosa, mas conceber um produto audiovisual envolve muitos outros aspectos. Os caminhos (às vezes tortuosos) que levam do papel em branco ao mercado são o objeto da Escola de Séries, lançada nesta terça-feira, dia 24, no RioContentMarket. Fruto da cooperação do SEBRAE e da ESPM, com patrocínio da RioFilme, o projeto inicia sua programação de cursos e oficinas já no próximo dia 28.
Durante o lançamento oficial, no hotel Windsor Barra, no Rio de Janeiro, os participantes destacaram o momento especialmente positivo para a produção de séries, com o mercado de televisão aquecido pela Lei da TV Paga, que estabelece cotas para conteúdo brasileiro nos canais e operadoras. A explosão de demanda, no entanto, precisou passar pelo funil de produtoras estruturadas para operar com menos projetos. "Temos que aumentar a competitividade dessas empresas", disse João Luiz Figueiredo, chefe do departamento de gestão do entretenimento da ESPM.
Foram três anos de trabalho até chegar ao formato definitivo da Escola de Séries, que vai utilizar a estrutura da ESPM no Centro do Rio. A programação está dividida em módulos de cursos, oficinas e laboratórios, dos estágios mais iniciais da criação até o desembarque no mercado, com lições de como encontrar o nicho de marketing e público-alvo de cada série. Cada aula tem oito horas de duração. Os interessados podem se inscrever nos temas de maior interesse ou na temporada completa. A programação está no site oficial.
Além da parte teórica, os alunos mais avançados vão poder preparar suas obras para o mercado, em laboratórios de imersão. Serão selecionados dez projetos que receberão consultoria individual, para serem encaminhados já formatados aos pitchings. A eles se juntam outros 20, escolhidos para a escola, para a edição 2016 do RioContentMarket, onde seus representantes terão encontros com agentes do mercado em rodadas de negócio.
Representantes da rede americana ABC também fecharam uma parceria para examinar os projetos resultantes desses laboratórios. O acordo foi costurado pelo agente americano Eric Rovner. "Representantes do canal entraram em contato comigo seis meses atrás em busca de produções vindas de outras partes do mundo. Eles têm um interesse especial na América Latina e estão com os olhos voltados para o Brasil", afirmou.
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