Referência
no mercado de
cinema no Brasil
Cerca de 120 kits de digitalização de cinemas em processo de importação pela Quanta/DGT foram levados por ladrões de um armazém no Rio de Janeiro, de onde seguiriam para exibidores com contratos firmados com o consórcio para a conversão de suas salas. O crime foi no último fim de semana e já está sendo investigado pela polícia. O prejuízo é calculado em US$ 9 milhões.
“Estamos falando de projetores, servidores, acessórios, pedestal, automação e, em alguns casos, TMS”, esclareceu Luiz Fernando Morau, diretor de desenvolvimento de negócios da Quanta/DGT. O material estocado no armazém, contratado pela logística das empresas, era das marcas Barco, Doremi, Dolby, Multivac e Integ. Morau calcula que dez donos de cinema foram atingidos pela ação.
O roubo veio complicar ainda mais a já atrasada digitalização do parque brasileiro. Embora o prazo para integração dos exibidores tenha sido recentemente prorrogado para 31 de maio, a curta janela para superar entraves burocráticos e entregar os equipamentos que faltam é vista com preocupação pelo mercado. Segundo Morau, os exibidores que fecharam com a Quanta/DGT não sairão prejudicados. “O prazo para eles será tratado de forma diferente em função do ocorrido e não gerará prejuízos maiores”, diz o executivo, acrescentando que os equipamentos são protegidos por seguro.
Como todo o material vem com números de série gravados, seu uso indevido pode ser rastreado. Segundo as empresas, a lista com os códigos de identificação será divulgada em breve, para ajudar na localização de itens que porventura apareçam à venda no mercado. O caso corre em sigilo policial, portanto, a Quanta/DGT não adiantou que linhas de investigação estão sendo levantadas. “O que temos a fazer agora é divulgar amplamente para que todos os exibidores nacionais e internacionais saibam do ocorrido, evitando tornarem-se receptadores por boa fé”, acrescentou Morau.
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