Depois de um mal entendido envolvendo uma exibição de A entrevista na capital alemã, o diretor do Festival Internacional de Berlim, Dieter Kosslick, anunciou um encontro com o embaixador da Coreia do Norte nos próximos dias. Nesta quarta-feira, dia 21, o governo norte-coreano emitiu uma declaração alegando que a exibição da comédia polêmica da Sony na na Berlinale seria um "incentivo ao terrorismo". Segundo a organização, no entanto, trata-se de um lançamento oficial no país, não vinculado à programação.

A comédia que mostra uma tentativa de uma dupla de jornalistas de assassinar o líder norte-coreano, Kim Jong-um, é tida como estopim do ataque hacker à Sony, no final do ano passado. Ameaças do governo sul-coreano obrigaram a distribuidora a restringir o lançamento nos cinemas americanos e centrar sua estratégia no video on demand. Agora, o governo do país asiático voltou a se manifestar quanto à estreia alemã. O texto da nota diz que a Alemanha repetiria a "vergonhosa História do Holocausto" caso incluísse o filme no festival e lembra ainda os recentes ataques em Paris. O encontro diplomático de Kosslick tem como finalidade esclarecer que a sessão do filme em Berlim é apenas uma coincidência de datas, já que a exibição comercial está marcada para o mesmo dia do início da Berlinale, 5 de fevereiro.

No Brasil, A entrevista tem estreia marcada para a próxima quinta-feira, dia 29 de janeiro.