Referência
no mercado de
cinema no Brasil
Com o fim de 2014 se aproximando, começam a surgir também as listas de melhores do ano de associações de críticos de cinema e publicações especializadas. Nos Estados Unidos, em particular, é com o anúncio dos favoritos de diferentes grupos de críticos que se inicia a tradicional temporada de prêmios que, após a virada do ano, vai desembocar no Globo de Ouro e posteriormente no Oscar.
O New York Film Critics Circle anunciou seus premiados nesta segunda-feira e o grande consagrado foi Boyhood - Da infância à juventude, de Richard Linklater, que ficou com os prêmios de melhor filme, melhor diretor e melhor atriz coadjuvante (Patricia Arquette). O filme está atualmente em cartaz no Brasil e, até o fim de semana de 20 a 23 de novembro, já havia acumulado mais de 53 mil espectadores no país. O britânico Timothy Spall, da franquia Harry Potter, foi escolhido melhor ator por sua interpretação do pintor J. M. W. Turner em Mr. Turner, de Mike Leigh. Na série de filmes do bruxinho, ele interpreta o personagem Peter Pettigrew. A francesa Marion Cotillard, que ganhou o Oscar de melhor atriz de 2007 por Piaf - Um hino ao amor, foi eleita agora a melhor do ano pelos críticos de Nova York, por suas atuações em Era uma vez em Nova York, de James Gray, e Dois dias, uma noite, dos irmãos Dardenne. J.K. Simmons foi eleito melhor ator coadjuvante por Whiplash: Em busca da perfeição, e O Grande Hotel Budapeste, de Wes Anderson, levou o prêmio de roteiro.
No fim de semana passado, a Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro divulgou a lista dos seus 11 eleitos, encabeçada por Ela, de Spike Jonze, estrelado por Joaquin Phoenix (foto). Os demais selecionados foram, por ordem alfabética: Boyhood, O Grande Hotel Budapeste, Jersey Boys: Em busca da música, de Clint Eastwood, O lobo atrás da porta, de Fernando Coimbra, O lobo de Wall Street, de Martin Scorsese, Magia ao luar, de Woody Allen, Nebraska, de Alexander Payne, Pais e filhos, de Hirokazu Kore-eda, Relatos selvagens, de Damián Szifrón, e Sob a pele, de Jonathan Glazer. Todas as obras serão exibidas em sessões no CCBB-RJ, em janeiro.
Já a renomada publicação francesa Cahiers du Cinéma escolheu o longa O pequeno Quinquin, ainda inédito no circuito brasileiro, como o melhor do ano. Dirigido por Bruno Dumont, o projeto é, originalmente, uma série de TV que foi transformada nesta versão eleita pela revista e que fora exibida na Quinzena dos Realizadores, em Cannes, este ano. Dumont tem no currículo o Grande Prêmio do Júri de Cannes em 1999, por A humanidade, e em 2006, por Flandres.
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