A Motion Pictures Association of America (MPAA), entidade que congrega os estúdios americanos, emitiu um comunicado classificando a invasão hacker contra os computadores da Sony Pictures de “ato criminoso e desprezível”. O texto foi distribuído depois que o FBI, agência de inteligência americana, confirmou oficialmente nesta sexta, dia 19, a participação do governo da Coreia do Norte no ataque.

“Como resultado de nossa investigação, com colaboração estreita de outros departamentos e agências de governo, o FBI conta com informações suficientes para concluir que o governo da Coreia do Norte é o responsável por essas ações”, diz a nota do FBI, que também aponta para sanções: “O FBI vai identificar, perseguir e impor consequências a indivíduos, grupos e nações que usam meios virtuais para ameaçar os Estados Unidos e os interesses americanos”.

A revelação provocou a reação da MPAA, sua primeira manifestação mais contundente desde o início do caso. “O fato é que criminosos foram capazes de invadir e roubar o que agora sabemos corresponder a todo o volume físico da Livraria do Congresso e ameaçar o modo de vida de milhares de americanos que trabalham na indústria do cinema e TV, assim como milhões que simplesmente escolhem ver um filme”, diz o texto.

A investigação do FBI apontou semelhanças nos códigos e algoritmos do malware usado no ataque com outras ações comandadas pela Coreia do Norte, que tem um histórico de invasões do gênero. A última delas foi em 2013, quando bancos e veículos de comunicação da Coreia do Sul foram atacados por hackers do país vizinho.