Executivo da Imax diz que quer levar tecnologia a mais cidades brasileiras

Executivo da Imax diz que quer levar tecnologia a mais cidades brasileiras

Fabiano Ristow
12 jul 24

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Divulgação

Jason Swanson

Enquanto vários setores do audiovisual ainda enfrentam dificuldade em voltar aos níveis pré-pandemia, a Imax entregou, em 2023, um dos melhores resultados de sua história: US$ 1,1 bilhão em bilheteria global.

Para Jason Swanson, vice-presidente de vendas da Imax nas Américas, não há dúvidas de que foi justamente a crise da Covid-19 que contribuiu para os bons números.

"Quando os espectadores começaram a voltar aos cinemas depois da pandemia, eles queriam uma experiência que não podiam ter em casa. E essa experiência precisava ser premium e diferenciada, o que a Imax entrega", diz o executivo em entrevista à Filme B, por e-mail.

Com o tempo, ficou claro que, desde que haja produtos atraentes em cartaz, o público vai aos complexos independentemente da tecnologia — Divertida mente 2 (Disney) e Meu malvado favorito 4 (Universal) estão aí para provar.

Mesmo assim, a Imax continua sendo muito procurada pelo público, e, no caso do Brasil, apesar do ótimo desempenho da tecnologia — responsável por gerar quase R$ 27 milhões em 2023 —, existem apenas 12 salas equipadas com o formato.

"Existe um potencial monumental de crescimento no Brasil. Mesmo com apenas 12 salas, o país está entre os maiores de 25 mercados da Imax no mundo, e é o número um na América do Sul, sendo que a ocupação média por sessão superou todas as nossas expectativas. Nosso desejo é levar a experiência para mais cidades, cinemas e públicos diferentes", destaca Swanson.

Mas a empresa exige regras extremamente criteriosas para a implementação da tecnologia — uma estratégia, de acordo com Swanson, para garantir a qualidade e o sucesso da marca. Uma delas é frequentemente alvo de queixas entre alguns profissionais: a obrigatoriedade de uma distância mínima (em torno de 20 quilômetros) entre uma sala Imax e outra.

"Nós temos uma zona de exclusividade em cada Imax que abrimos no mundo. Essa área protegida dá aos nossos colaboradores a segurança de saber que o cinema vai estar posicionado para ter os melhores resultados. Estamos constantemente revendo nossos padrões e maneiras de otimizar o acesso dos consumidores à Imax, incluindo o Brasil", afirma Swanson, sem, no entanto, detalhar se há planos concretos para mudar o critério de distância mínima.