Referência
no mercado de
cinema no Brasil
Tomorrowland – Um lugar onde nada é impossível pode terminar sua carreira com US$ 140 milhões de prejuízo para a Disney, diz reportagem do Hollywood Reporter. Com orçamento de US$ 180 milhões e outros US$ 150 milhões usados no lançamento, a ficção científica juvenil não será capaz de cobrir seus custos, segundo as projeções do mercado. Se a profecia se cumprir, o longa vai se juntar à lista dos blockbusters no vermelho de 2015, que já conta com O destino de Júpiter (Warner) e O sétimo filho (Universal).
O filme de Brad Bird (Missão: Impossível – Protocolo Fantasma) estreou no dia 22 de maio, com uma abertura nos Estados Unidos de US$ 33 milhões, abaixo dos US$ 40 milhões esperados. Até agora, arrecadou em torno de US$ 170 milhões no mundo, montante que ainda não cobre os custos de produção. Na China, principal porto seguro do cinema global hoje, os quase US$ 14 milhões do primeiro fim de semana do filme foram ofuscados por uma animação local. Analistas estimam a renda total até o fim da carreira do longa em US$ 200 milhões.
Os resultados trouxeram à tona outra vez a discussão recorrente sobre os altos custos dos blockbusters de Hollywood, que facilmente chegam aos nove dígitos, aumentando a pressão sobre a bilheteria. O investimento é mais seguro quando aplicado em franquias de retorno já garantido, o que não é o caso de Tomorrowland e da dupla de produções no vermelho. Partidários dessa corrente defendem projetos que conjuguem custos reduzidos e alta performance, como é o caso de A espiã que sabia de menos (US$ 65 milhões de orçamento), A escolha perfeita 2 (US$ 29 milhões) e Cinquenta tons de cinza (US$ 40 milhões).
Entre as razões para o desempenho mais fraco do longa, segundo os especialistas, estão as críticas desfavoráveis, uma aparente indefinição do público-alvo e a presença ainda forte do sucesso juvenil A escolha perfeita 2 nos cinemas americanos. Caso o fechamento negativo se confirme, o longa passa a integrar a lista de projetos recentes da Disney que terminaram em prejuízo, que tem O cavaleiro solitário (-US$ 190 milhões), de 2013, e John Carter – Entre dois mundos (-US$ 200 milhões), de 2012.
Os números, no entanto, não devem preocupar o estúdio, que nos últimos anos conseguiu amealhar uma série de grifes de enorme potencial, com Marvel e Lucasfilm e Pixar. Só este ano, depois do êxito planetário de Vingadores – Era de Ultron (US$ 1,35 bilhão no mundo), estão previstas as estreias de Divertida mente, Homem-Formiga e Star Wars: Episódio VII – O despertar da força.
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