Referência
no mercado de
cinema no Brasil
Com participação tímida na programação do Festival de Cannes este ano, o Brasil conquistou seus primeiros prêmios nesta edição graças a duas coproduções internacionais: Paulina, em parceria com Argentina e França, e La tierra y la sombra, colaboração com a Colômbia.
Paulina, de Santiago Mitre, foi agraciado pelo Júri Nespresso, o principal prêmio atribuído na Semana da Crítica, uma das duas mostras paralelas do festival. O longa tem produção brasileira da Videofilmes, dos irmãos Walter e João Moreira Salles. "Esse prêmio tem uma importância simbólica num ano em que o nosso cinema foi menos presente em Cannes do que poderia, e prova que a cooperação na produção entre Brasil e Argentina criada pela Ancine é um acerto", afirmou Walter.
O drama conta a história de Paulina, uma mulher de 28 anos que decide largar a carreira de advogada para trabalhar como professora numa região pobre da Argentina. Pouco depois da sua chegada, ela é agredida e estuprada por um grupo de jovens, incluindo seus próprios alunos. Diretor do filme, Mitre foi roteirista de Pablo Trapero (Leonera, Abutres).
Já a coprodução Brasil-Colômbia La tierra y la sombra, de César Augusto Acevedo, levou dois prêmios: o France 4 Visionary Award e o prêmio SACD, a Sociedade dos Autores da Franca. O filme tem como protagonista um fazendeiro que volta à antiga plantação de cana de açúcar para cuidar do filho doente, 17 anos depois de ter ido embora.
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