Tarcísio Vidigal

Produtor que dirige o Grupo Novo de Cinema e TV, principal representante do cinema brasileiro no exterior, empresa que vem recolocando o filme nacional nos mercados internacionais. Entre as principais atividades do Grupo Novo está a divulgação nas principais feiras, festivais e revistas especializadas da nova safra de filmes produzidos a partir dos anos 1990. Mineiro da cidade de Paula Cândido, nascido em 1950, Tarcísio assumiu a função de produtor no início dos anos 1970, ao fundar, com os conterrâneos José Américo Ribeiro e José Tavares de Barros, o Grupo Novo de Cinema. A companhia produziu o longa-metragem Idolatrada (1983), de Paulo Augusto Gomes, e, em seguida, Um filme 100% brasileiro (1985), de José Sette de Barros, e Noites do sertão (1985), de Carlos Alberto Prates Correa. A produtora ganhou visibilidade junto ao público com os filmes infantis, aproximação iniciada com A dança dos bonecos (1986), de Helvécio Ratton, e confirmada com Menino maluquinho (1995), de Helvécio Ratton, e Menino maluquinho II - A aventura (1998), de Fernando Meirelles e Fabrízia Alves Pinto. Sua única experiência na direção foi o curta Ziraldo (1984), sobre o cartunista mineiro, criador das tiras do Menino Maluquinho. Em 1995, Tarcisio transferiu-se para o Rio de Janeiro e assumiu a função de promover filmes brasileiros no exterior à frente do Grupo Novo, que já não contava com os sócios da formação original da empresa. A partir de 2002 ampliou sua função de produtor: associou-se a Pacific Sense em 1972, de José Emílio Rondeau, produziu Rocha que voa (2002) e Intervalo Clandestino, de Eryk Rocha, e Filme de amor (2003), de Júlio Bressane, selecionado para a Quinzena dos Realizadores de Cannes em 2003. Seus próximos projetos são O homem de Lagoa Santa, de Renato Menezes, e Cleópatra, de Julio Bressane, e Zé, de Rafael Conde.