Alberto Shatovsky

Crítico de cinema, foi também um dos pioneiros na programação de cinemas de arte no Brasil, com atuação marcante em uma das salas mais importantes do panorama cultural do Rio de Janeiro nos anos 60, o Cinema Um de Copacabana. No início dos anos 50, ainda aos 19 anos, começou a assinar resenhas para o semanário Jornal do Cinema. Era apenas o começo da carreira de um profissional que conseguiu juntar a paixão de um criterioso crítico com as funções de programador e distribuidor de filme de arte. Ainda em 1951, editou o documentário Seca, odisséia do Nordeste, premiado pela Associação Brasileira de Críticos Cinematográficos. A partir do ano seguinte começou a apresentar e produzir programas radiofônicos sobre cinema, como o Falando de cinema, na Rádio MEC, que ficou no ar até 1989. Nas décadas de 50 e 60, programou cinemas de arte como o Cine Alvorada e o Cinema Um. Participou da redação e da edição de cinejornais como o Canal 100, que se destacou pela excelência de sua cobertura esportiva, especialmente do futebol. Foi editor de cinema das publicações da editora Bloch, do extinto programa Edna Savaget, na Rede Globo, e integrou o conselho de críticos do Jornal do Brasil. Em 1970 dirigiu, escreveu e editou o documentário Brasil bom de bola. Nos anos 80, prestou assessoria para companhias como a Gaumont e a Alvorada e ajudou a montar o departamento de distribuição da produtora Skylight. Foi consultor do grupo Estação na programação das salas.