Nascido em Salvador, em 1978, desenvolveu suas habilidades dramáticas com estudos em cursos de teatro, dança e canto. Integrou por nove anos o Bando de Teatro Olodum, grupo baiano dirigido por Marcio Meirelles, formado por atores negros. Ainda na Bahia, participou do elenco dos longas-metragens Jenipapo (1995), de Monique Gardenberg, e Cinderela baiana (1998), de Conrado Sanchez. Em 1999, foi um dos talentos revelados pela peça A máquina, de João Falcão. Trocou Salvador pelo Rio e a partir de então, emendou uma série de trabalhos em cinema, começando por uma participação na produção internacional O sabor da paixão (2000), de Fina Torres, e em As três Marias (2002), de Aluízio Abranches. Mas foi a partir de Madame Satã (2002), de Karim Aïnouz, no qual interpreta o famoso malandro da Lapa (bairro boêmio do Rio de Janeiro), que ganhou projeção nacional e destaque da crítica internacional, pois o filme foi exibido na mostra Um Certo Olhar do Festival de Cannes 2002. Também trabalha em minisséries e novelas, com destaque para Cobras e lagartos, de João Emanuel Carneiro, em que interpretou o personagem Foguinho. Em 2005, recebeu o prêmio de melhor ator em Gramado por sua atuação em Cafundó. Criou e apresenta o programa de entrevista e reflexão Espelho, que já está na sua 13a temporada, no Canal Brasil.
Filmografia selecionada:
Direção
- Um ano inesquecível - Outono (2022)
- Medida provisória (2021)
- Um filme de bando (2018)
Ator
- Ó pai, ó 2 (2022), de Viviane Ferreira
- O silêncio da chuva (2019), de Daniel Filho
- Papai é pop (2018), de Caíto Ortiz
- Correndo atrás (2018), de Jeferson De
- O beijo no asfalto (2017), de Murilo Benício
- Mundo cão (2016), de Marcos Jorge
- Tudo que aprendemos juntos (2015), de Sérgio Machado
- Sorria, você está sendo filmado - O filme (2015), de Daniel Filho
- O vendedor de passados (2015), de Lula Buarque de Hollanda. Prêmio de melhor ator no CinePE de 2015.
- O grande Kilapy (2013), de Zezé Gamboa. Coprodução Brasil e Angola. Melhor ator no Festin Lisboa.
- Amanhã nunca mais (2011), de Tadeu Jungle
- Saneamento básico – O filme (2007), de Jorge Furtado
- Ó, Pai, ó (2007), de Monique Gardenberg
- O cobrador (2006), de Paul Leduc
- Cidade baixa (2005), de Sérgio Machado
- A máquina (2005), de João Falcão
- Cafundó (2005), de Paulo Betti e Clóvis Bueno. Prêmio de melhor ator no Festival de Gramado.
- Quanto vale ou é por quilo? (2005), de Sérgio Bianchi. Prêmio de melhor ator coadjuvante no Cine Ceará.
- Nina (2004), de Heitor Dhalia
- Meu tio matou um cara (2004), de Jorge Furtado. Melhor ator coadjuvante no Cineport.
- O homem do ano (2003), de José Henrique Fonseca
- O homem que copiava (2003), de Jorge Furtado. Melhor ator no Festival de Havana.
- Carandiru (2003), de Hector Babenco
- Madame Satã (2002), de Karim Aïnouz. Melhor ator no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro.
- As três Marias (2002), de Aluízio Abranches
- O sabor da paixão (2000), de Fina Torres
- Cinderela baiana (1998), de Conrado Sanchez
- Jenipapo (1995), de Monique Gardenberg