O grupo exibidor Cineworld, o segundo maior do mundo, registrou um crescimento de 75% nas vendas de ingressos em 2021. De acordo com o fechamento anual da empresa, o público em suas salas foi de 54,4 milhões em 2020 para 95,3 milhões no ano passado. 

Vale notar que a rede de cinemas passou por períodos de fechamento e restrições nos primeiros meses de 2021, devido à Covid-19. Mas o melhor controle da crise sanitária e a chegada de títulos fortes permitiram a recuperação, principalmente no quarto trimestre do ano.

“Nosso forte desempenho no último trimestre reflete a demanda reprimida por entretenimento acessível fora de casa. Além disso, Homem-Aranha - Sem volta para casa bateu recordes e mostrou a importância dos lançamentos cinematográficos”, pontuou o CEO da Cineworld, Mooky Greidinger.

Avaliação da redução da janela

O empresário também tocou no tema da janela theatrical, lembrando que os lançamentos simultâneos (nos cinemas e no streaming) afetaram o desempenho de alguns filmes no ano passado.

"Já em 2022, nossa expectativa é que os filmes sejam lançados com uma janela entre 20 e 60 dias, a depender do potencial do título", afirmou Greidinger, acrescentando que acredita que que os complexos vão sobreviver a esse novo modelo. "Acho que os cinemas continuarão conduzindo a indústria, assim como ocorreu com a chegada de novas tecnologias ao longo das décadas, como televisão e DVD."

Grupo fecha o ano com receita de US$ 1,8 bilhão

Além do aumento no movimento dos cinemas, o resultado de 2021 apresentou melhora até mesmo no prejuízo, que, descontando os impostos, chegou a US$ 655,7 milhões, comparado a US$ 913,2 milhões em 2020.

O grupo fechou o ano com liquidez de US$ 424,9 milhões, e recebeu um reembolso de US$ 203 milhões sob restituição de impostos através da lei de auxílio aprovada em 2020 para atenuar os danos causados pela pandemia.

No total, a Cineworld, que atualmente opera em dez mercados, fechou o ano com receita de US$ 1,8 bilhão.