Referência
no mercado de
cinema no Brasil
A Cota de Tela voltou a ser pauta no Congresso. O senador Humberto Costa (PT-PE) defendeu no plenário, nesta quinta-feira, 3, a renovação do mecanismo que obriga cinemas a inserir obras nacionais em sua programação numa quantidade determinada de sessões e dias.
O senador citou o domínio de Barbie e Oppenheimer no circuito para fundamentar seu argumento. "O filme Barbie bate recorde atrás de recorde, mas o cinema nacional não tem tido a mesma acolhida", disse ele, acrescentando que o market share dos longas nacionais foi de apenas de 1º no primeiro semestre deste ano.
A cota é renovada anualmente por meio de decreto do Presidente da República, mas não está mais em vigor desde 2021. Após o fim da pandemia, e conforme o mercado de cinema volta à normalidade, aumentou a pressão de profissionais do audiovisual para implementar novamente o mecanismo.
Sessões pouco atrativas para os nacionais
Humberto Costa também lembrou o fato de que alguns filmes nacionais, quando entram em cartaz, são exibidos em sessões pouco atrativas. Foi o caso de Os aventureiros - A origem, como a Filme B e a Folha de S. Paulo chamaram a atenção recentemente.
"Não é aceitável que um país que tenha um setor audiovisual tão pujante e criativo como o nosso, com tantos talentos e tão espetaculares produções, possa assistir a seus filmes sendo exibidos nos cinemas em horários anteriores às 4h da tarde."
Segundo Humberto Costa, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), líder do governo no Congresso, estaria, neste momento, desenvolvendo um projeto sobre o tema. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSDB-MG), apoiou a fala e ressaltou a urgência na deliberação do novo projeto de lei.
"Penso que é hora de o governo, por meio do Ministério da Cultura, trabalhar essa pauta", concluiu Costa.
© Filme B - Direitos reservados