Referência
no mercado de
cinema no Brasil
O mais recente balanço trimestral da Netflix, divulgado nesta quarta-feira, 19, respondeu a várias dúvidas que Wall Street tinha após a empresa anunciar mudanças em sua relação com o consumidor.
A principal delas era como a proibição de compartilhamento de senhas iria afetar as assinaturas. Pois bem: o número de clientes cresceu 5,9 milhões em todo o mundo — mais que o dobro do projetado pelo mercado. "A taxa de cancelamento foi muito baixa", garantiu a empresa em carta aos acionistas.
O lançamento do plano com publicidade a um preço baixo também ajudou. Agora, a gigante do streaming conta com 238,3 milhões de assinantes no total.
No mesmo trimestre do ano passado, vale lembrar, a Netflix havia perdido assinantes pela primeira vez: um total de 970 mil. Portanto, os novos números representam uma virada.
Impacto da greve em Hollywood
Outra notícia que animou os investidores foi o valor de US$ 1,3 bilhão em fluxo de caixa livre. Este é o dinheiro que uma empresa tem "sobrando" em caixa, uma espécie de reserva. Um ano atrás, o montante era de "apenas" US$ 13 milhões.
O aumento do fluxo de caixa livre, contudo, veio a um custo: a Netflix conseguiu economizar dinheiro por causa da greve dos roteiristas e atores, já que praticamente todas as filmagens foram interrompidas.
Em relação ao imbróglio que paralisou Hollywood, Ted Sarandos, CEO da plataforma, disse que "este certamente não era o desfecho que queríamos".
Executivos de grandes estúdios, como David Zaslav, da Warner Bros. Discovery, e o próprio Sarandos, foram fortemente criticados por receberem salários altíssimos enquanto se recusavam a aumentar o pagamento a seus artistas.
Sarandos afirmou que faz negociações constantes com diretores, atores e produtores, e que achava que a greve já teria terminado a essa altura. "Ainda há questões complicadas a serem resolvidas", completou ele, sem detalhar.
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