Referência
no mercado de
cinema no Brasil
O ano de 2023 começou com uma parceria na Filme B que, agora, transformou-se numa sociedade: Rodrigo Saturnino Braga, que foi diretor geral da Sony Pictures no Brasil de 1991 a 2018 e, antes, trabalhara na distribuidora da Embrafilme, tornou-se sócio da empresa.
Ao lado de Paulo Sérgio Almeida, ele passou a tocar o negócio, e, juntos, já estão implantando novos caminhos para o Boletim. Por meio de conteúdo ou análise do banco de dados do Filme B, os executivos analisam dados novos captados pelo Box Office, como média de sessões, de salas, de cinemas e taxa de ocupação dos exibidores espalhados por todas as cidades do país. Braga também contribui com textos e reflexões sobre o setor.
Amigos de longa data, Braga e Almeida têm em comum o gosto pelos indicadores e pela análise de tendências. Não por acaso, nos dois anos de pandemia, falaram-se com enorme frequência. E, durante todo o período agudo da Covid-19, nutriam ambos a certeza de que, ao contrário do que se aventava por aí, o cinema não ia acabar.
“Pode mudar a forma como esse hábito se dá e pode mudar o perfil do público, mas a ida ao cinema não acaba. Hoje podemos afirmar com segurança”, diz Braga, olhando para trás no tempo e relembrando a crise do circuito exibidor brasileiro, em fins da década de 1980, e o boom do home vídeo.
“A maior prova disso é que, apesar da diminuição no público e na renda, não houve, depois da pandemia, queda significativa nem no número de cinemas nem no número de salas no país”, completa Almeida.
O assinante como foco
O primeiro passo da empreitada foi colher e sistematizar essas informações sobre lançamentos. O segundo, registrar, de forma confiável, as vendas de ingressos nos fins de semana – assim nascia o Box Office.
“A Columbia Buena Vista, uma joint venture entre Sony e Disney, foi uma das primeiras assinantes da Filme B”, conta Braga, à altura executivo da major. Desde então, a Filme B se consolidou como uma fonte privilegiada de dados e calendário, mas também um espaço por meio do qual o mercado e a própria imprensa se informam.
Entre os assinantes da Filme B estão não apenas aqueles que trabalham diretamente com o cinema, mas também, por exemplo, as plataformas de streaming, os shopping centers e os órgãos governamentais, como Ancine e BNDES.
“Nosso cliente é o assinante”, pontua Almeida. “E nossos diferenciais são a nossa capacidade de absorver a evolução do mercado e a credibilidade dos números – são eles que permitem às pessoas saberem o que é ou não sucesso. Estamos sempre trabalhando para inovar nosso banco de dados e nosso informativo para transformá-los em veículos que ajudem o leitor na inteligência de mercado.”
Transformações em curso
Os diferenciais carregam consigo, naturalmente, também os desafios.
A velocidade das mudanças ocorridas no mercado audiovisual a partir de março de 2020, com o fechamento provisório das salas e a aceleração do lançamento de novas plataformas de streaming, deixou muitas perguntas paradas no ar.
Como vamos discutir para quem distribuir recursos se não sabemos o que está acontecendo no mercado e não há transparência nos números do streaming? O que vai acontecer com as cinematografias nacionais diante de um modelo de financiamento que passa a incluir as plataformas? De que forma o Brasil vai, com o governo que se inicia, desatar os nós legislativos e regulatórios do setor?
A partir de agora, a Filme B ganha um apoio e tanto para seguir buscando respostas e apontando caminhos para essas e outras tantas questões.
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