Regal volta a criticar janelas reduzidas

Regal volta a criticar janelas reduzidas

Redação
28 out 15

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Divulgação

Cena de Atividade paranormal: novo modelo

A Regal botou mais lenha na fogueira das janelas de exibição, que vem movimentando o mercado americano desde a ascensão das plataformas de streaming. Depois da divulgação dos números do primeiro fim de semana de Atividade paranormal – Dimensão fantasma, a cadeia, que é a maior dos Estados Unidos, voltou a questionar a experiência de lançamentos com intervalo reduzido para a estreia em video on demand. As informações são do The Wrap.

“Se os números do VoD estão crescendo, é porque as pessoas querem ver o filme em casa ou porque não conseguem encontrá-lo em cartaz um cinema?”, questionou a CEO do grupo, Amy Miles. A Regal foi um dos exibidores a boicotar a estreia do filme de terror da Paramount, entre os títulos que a distribuidora escolheu para testar uma estratégia de encurtamento de janelas.

A intenção da major é usar em casos específicos uma janela de 17 dias entre os cinemas e o on demand, bem menor que os 90 dias tradicionais. O tempo passa a contar quando os circuitos caem para 300 cinemas. No caso de Atividade, a estreia theatrical acabou sendo mais restrita por conta da resistência dos exibidores – das principais redes, apenas AMC e Cineplex concordaram com o modelo.

A abertura do filme foi a menos rentável da série, com US$ 8,2 milhões, mas a distribuidora disse já esperar um desempenho mais baixo. O tempo vai mostrar se os números do VoD vão compensar as perdas. Além do mais, segundo a Paramount, a primeira leva de títulos com janela reduzida - Como sobreviver a um ataque zumbi vem em seguida – tem como função testar um novo caminho para lidar com as mudanças de hábitos do espectador que não tenha impacto negativo para a indústria. Ajustes na estratégia estão previstos.

Apesar da resistência, a CEO da Regal não descarta participar de experiências semelhantes no futuro. “Estamos abertos para qualquer ideia, discussão e teste que tenha o potencial de fazer crescer o bolo para todos”, disse. “Mas isso depende de esses arranjos econômicos nos darem participação financeira que seja maior ou pelo menos igual ao risco que estamos correndo. Não é o caso da proposta”, completou.