Referência
no mercado de
cinema no Brasil
Nos últimos anos, a Paris Filmes estampou seu carimbo em filmes de várias filiações, de vencedores do Oscar a franquias jovens e comédias brasileiras de grande bilheteria. Agora, a distruidora independente tem um novo alvo: a produção. “Temos uma larga experiência em aquisição e distribuição no mercado, e a experiência de ter vivido o sucesso do cinema nacional. Temos que estar em conteúdo também”, justifica ao Filme B o diretor geral Márcio Fracarolli, que usa o conceito de “empresa 360” para descrever suas atividades.
Foi assim que surgiu a Paris Produções, produtora de longas que vai desenvolver projetos dentro da empresa. O primeiro fruto da nova empresa é o infantil Carrosel – O filme, derivado da novela de sucesso no SBT, que estreia dia 23 de julho, em distribuição com a parceira Downtown Filmes.
O filme dá uma pista do principal objetivo da empreitada: identificar nichos de mercado ainda não atendidos ou pouco explorados. “Observando a carteira de lançamentos, vimos que já tinha gente fazendo muito bem comédias e biografias. Com o nosso olhar de distribuidor, vimos o que estava faltando pro mercado”, explica Márcio.
Rita Lee e remakes na lista de projetos
Os próximos passos da produtora, porém, vão justamente na direção das comédias e biografias. Em setembro, Julia Rezende, diretora de Meu passado me condena 1 e 2, começa a rodar a comédia romântica Um namorado para minha mulher, com Ingrid Guimarães. Adaptação do argentino Um namorado para minha esposa (2008), conta a história de um homem que arruma uma maneira original de se livrar da mulher.
Outro adaptação de um filme argentino a caminho é 2 mais 2, sobre troca de casais, com direção de Roberto Santucci (De pernas pro ar). Ao todo, são 12 roteiros em desenvolvimento, em diferentes estágios. “A gente não vai usar o raciocínio habitual de dois ou três anos pra fazer um filme. Vamo ser uma companhia mais rápida. É um orgulho colocar um filme no cinema sem termos um ano de vida”, diz Fracarolli.
Carrossel: 60% de investimento próprio
Para Carrossel, ele negociou pessoalmente com a mexicana Televisa e o SBT para comprar os direitos de adaptação da novela aos cinemas. “Carrossel não é Frozen, da Disney, mas pelo menos é uma marca brasileira de alcance variado. Vai bem com boneco, televisão, licenciamento de vários produtos. Guardadas as proporções, era um pouco como a Xuxa no passado, que vendia boneca, música e uma série de produtos”, explica.
Carrossel custou R$ 6 milhões, dos quais 60% - cerca de R$ 3,6 milhões – foram um investimento da própria Paris. O restante do orçamento foi fechado com dinheiro direto do SBT e da Televisa, patrocínio da Caixa Seguros, o apoio da RioFilme e um pequeno montante de recursos captados através do Artigo 3° - com isenção de impostos que a Paris paga pela remessa de recursos ao exterior, com a bilheteria de seus filmes estrangeiros.
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