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Morreu ontem, dia 17, aos 87 anos, o diretor de cinema e TV Carlos Manga. Conhecido por antológicas chanchadas da Atlântida Cinematográfica, nos anos 1950, ele foi levado na década seguinte para a televisão por Chico Anysio, onde atuou como diretor artístico e de núcleo de uma série de programas da Rede Globo até os anos 2000. A causa da morte não foi revelada.
Nascido no Rio, em 1928, Manga começou a vida como bancário, até conseguir um emprego na Atlântida como almoxarife. Na companhia, que marcou época pela união de talentos como Grande Otelo, Oscarito e Zé Trindade, foi ainda contrarregra, assistente de montagem e de direção. Lá, assinou grandes sucessos como Matar ou correr (1954), Nem Sansão nem Dalila (1955) e O homem do Sputnik (1959). Seu último trabalho no cinema foi Os Trapalhões e o rei do futebol, de 1986.
Na Rede Globo, foi diretor artístico de minisséries como Agosto (1993), Memorial de Maria Moura (1995), diretor de núcleo das novelas Anjo mau (1997) e Torre de Babel (1998) e comandou os programas Sandy & Júnior e Zorra total, ambos de 1999, e a nova versão o Sítio do Pica-Pau Amarelo, de 2001. Também integrou o elenco da série Afinal, o que querem as mulheres?, dirigida por Luiz Fernando Carvalho.
Em 2011, durante o Festival do Rio, Carlos Manga foi homenageado com uma estátua em tamanho natural no saguão do cinema Odeon. Ele também recebeu dois prêmios especiais em Gramado: um Kikito em 1983 e um Troféu Oscarito, em 1995. O diretor, que morreu em casa, no Rio, deixa três filhos: Paula Manga, Carlos Manga Jr. e Maria Eduarda Manga.
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