Atenta à política de preços do streaming, a Netflix anunciou uma decisão estratégia que deve afetar mais de 10 milhões de usuários, ou 4% de sua base total de clientes. A empresa, a maior no setor de SVoD, vai reduzir o preço da assinatura em mais de 100 países fora dos Estados Unidos.

O Brasil, no entanto, está fora da lista, o que é, pelo menos para os exibidores, uma boa notícia. De acordo com a Hollywood Reporter, os descontos já vão ser aplicados nos próximos dias e vão variar entre 20% e 60% para usuários novos e já existentes.

A decisão chama atenção porque ocorre num momento em que outras plataformas, como HBO Max e Disney+, querem, num caminho contrário, aumentar o valor das assinaturas em busca de maiores receitas.

Segundo Toby Holleran, da agência Ampere Analysis, a redução do preço da assinatura tem uma razão principal: a inflação que atingiu diversos territórios em todo o mundo por causa do dólar alto. Assim, a Netflix pretende evitar que seus espectadores cancelem o serviço por falta de dinheiro, buscando um equilíbrio entre número de assinaturas e faturamento.

Também visa amenizar o impacto da decisão de suspender a possibilidade de o usuário compartilhar senhas com outras pessoas.

Até o fim de dezembro, a Netflix tinha 230 milhões de assinaturas. Em seu balanço fiscal mais recente, a empresa animou Wall Street ao se mostrar rentável após alguns solavancos enfrentados em 2022. A sua receita líquida atingiu US$ 4,49 bilhões no ano passado.