'Netflix do cinema' faz nova investida nos EUA

'Netflix do cinema' faz nova investida nos EUA

Redação
01 jul 16

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Reprodução

Passo a passo do serviço: reservas no smartphone

Cinco anos depois de lançado nos Estados Unidos, o MoviePass, serviço de assinatura de ingressos de cinema, ainda não passou de ideia inovadora para um modelo de negócios consolidado. Mas a empresa prepara uma investida para atrair mais clientes e exibidores. O esforço envolve a contratação de um novo CEO, Mitch Lowe (ex-Netflix), e passa pela flexibilização dos preços.

Lowe, que também tem passagem pela rede de locadoras automatizadas Redbox, foi convocado para promover o conceito entre espectadores e donos de cinema. O serviço oferece ao assinante a possibilidade de assistir a um filme por dia por um valor mensal a partir de US$ 30 (a taxa varia de acordo com a cidade onde a companhia atua). A escolha dos títulos e reserva de assentos são realizados por meio de um app de celular.

O argumento principal da companhia é de que faltam estímulos para tirar o cinéfilo hiperconectado de casa e que a circulação de público nos saguões também favoreceria os ganhos de bombonière, uma das grandes fontes de receita dos complexos no mercado americano.

Uma das novas propostas é implantar outros pacotes de assinatura, com uma opção a US$ 20 que daria acesso a um grupo mais seleto de filmes. No outro extremo, a MoviePass deve criar a mensalidade de US$ 100, que incluiria a admissão ilimitada a sessões de formatos premium como IMAX e 3D.

O conceito, que reproduz a lógica de serviços de streaming como o Netflix, parte de estudos recentes sobre a fuga de público nos EUA. Segundo o último relatório da MPAA, em 2015 caiu em 10% a quantidade de visitantes frequentes dos cinemas. De acordo com uma pesquisa encomendada pela própria MoviePass, a assinatura aumentou em 111% a frequência dos complexos onde foi oferecida e também ajudou na venda de comida e bebida. 

Em seu site, a empresa declara que a cobertura do serviço abrange 93% dos cinemas do país, o que inclui 33 mil telas. O sistema de pagamento é em parceria com o Mastercard, o que limita o circuito aos complexos que aceitam o cartão. Para retirar o ingresso, é preciso fazer check-in no local desejado através do app.

De acordo com Lowe, a empresa também cogita a possibilidade de implantar o serviço em outros países, como México, Canadá e parte da Europa. Os investidores de companhia incluem a AOL Ventures e Chris Kelly, ex-Facebook.