Meu passado 2 enfrenta os blockbusters das férias

Meu passado 2 enfrenta os blockbusters das férias

Thiago Stivaletti
30 jun 15

Imagem destaque

Divulgação

Fábio Porchat e Miá Mello no filme

Num mês de férias tomado pelos blockbusters americanos, um brasileiro entra na disputa pelo circuito e pela preferência do público. É Meu passado me condena 2, continuação da comédia com Fábio Porchat e Miá Mello que fez 3 milhões de espectadores e R$ 35 milhões nas bilheterias. O filme estreia nesta quinta-feira em todo o país

Com o sucesso do primeiro filme, lançado em outubro de 2013, a Paris Filmes e a Downtown decidiram lançar o segundo no período das férias. “2015 só tem tsunami atrás de tsunami nos cinemas. Mas o primeiro filme também foi uma grande zebra, ninguém esperava aquele sucesso todo”, lembra a produtora Mariza Leão. “Entramos colados com Thor e Jogos vorazes. Ninguém imaginou que o nosso filme não fosse ser massacrado, e não foi”.

Para enfatizar a força da marca, Mariza gosta de lembrar que Meu passado não tem uma linha de produtos  e brinquedos como as animações infantis, mas se beneficia de uma franquia que se estende por várias mídias desde 2012. Começou como série do canal Multishow – a segunda temporada estreou junto com o lançamento do primeiro longa –, continuou no cinema, virou espetáculo teatral com os mesmos atores, há um ano em cartaz em São Paulo, e agora gerou um livro escrito por Tati Bernardi, roteirista dos longas.

Os novos normais

Para Meu passado 2, a distribuidora espera um lançamento acima das 600 salas, mas terá de enfrentar a forte sustentação de Minions e Jurassic World, além da estreia simultânea de O exterminador do futuro: Gênesis. A divulgação é reforçada pela parceria com a Globo Filmes, que adotou estratégia semelhante à dos estúdios americanos: esta semana, quando o 2 entra em cartaz, o primeiro filme foi exibido na Tela Quente da Globo para aumentar a curiosidade pela sequência. “Não acho que o jogo está ganho, mas o time é ótimo. O Fábio e a Miá ocuparam o espaço de Os normais, que ficou vazio, no imaginário das pessoas”, diz, citando a série estrelada por Fernanda Torres e Luiz Fernando Guimarães, que também gerou dois longas no cinema.

Mariza  queria a classificação indicativa de 10 anos para Meu passado 2, mas a comédia foi indicada para acima de 12 anos, assim como o primeiro. “Esses filmes têm uma ingenuidade que atraem mais o público adolescente. O público do Fábio é mais jovem que o da Ingrid [Guimarães, em De pernas pro ar]. Se o Jurassic World, que é mais violento, pega 12 anos, por que não podemos pegar 10?”, defende.