Referência
no mercado de
cinema no Brasil
Às vésperas de dar início à sua quinta edição, o Rio Festival Gay de Cinema só tem motivos para comemorar. Além do crescimento de orçamento do evento a cada ano, a safra 2015 conta com um número recorde de títulos. De 2 a 12 de julho, serão exibidas 124 produções – de 26 países –, em oito salas da cidade, incluindo o Cine Odeon, que retorna ao circuito como a principal tela de exibição do evento.
Entre os 27 longas-metragens selecionados, 18 são estrangeiros e a maior parte é de filmes inéditos no Brasil, como o sueco Dyke hard e Game face, uma coprodução Bélgica/EUA. O novo longa do polêmico diretor Bruce LaBruce (Gerontophilia), Pierrot Lunaire, também está entre os destaques.
Alexander Mello, diretor e curador do evento, conversou com o Filme B e disse que essa é a primeira vez que o Rio FGC pode ser enquadrado como um festival internacional, já que o foco agora são os grandes filmes premiados dentro e fora do Brasil, principalmente os inéditos por aqui. “Antes a gente exibia filmes menores, de produtores independentes, que não tinham outros espaços de exibição”, explicou.
“Também estamos apostando na vinda dos diretores para participarem de debates”, entre eles a sueca Bitte Andesson (Dyke Hard); os argentinos Ines Maria Barrionuevo (Atlantida) e Martin Farina (Fullboy); Claudio Marcone, diretor chileno responsável pelo filme Enla gama de los grises; e o belga Michiel Thomas (Game face). Todos os brasileiros já confirmaram presença, incluindo o cineasta Cesar Terranova, de Gazelle - The Love Issue, um dos grandes destaques da mostra, que será exibido na noite de abertura, no Cine Odeon.
Maior receptividade, orçamento e expectativa de público
O crescimento do festival pode ser sentido não apenas em sua programação, mas também em seus números e expectativas. Com orçamento de R$ 350 mil (R$ 100 mil a mais que a última edição e R$ 200 mil a mais que a primeira), Alexander espera atrair um público de 15 mil pessoas, o triplo de 2014, quando foram exibidos 120 filmes de 20 países, em seis salas. Em 2011, ano em que o Rio FGC surgiu na cidade, a programação contava apenas com 41 filmes, dos quais seis eram longas-metragens.
O patrocínio vem, basicamente, da secretaria municipal de Cultura, mas o diretor do festival disse que eles também conseguiram firmar parcerias importantes com as embaixadas e os centros culturais. “Podemos dizer que este está sendo o ano de consolidação do festival”, afirmou. A ideia é continuar a expansão, possivelmente como parte da programação de mostras maiores. “É mais interessante que o Rio FGC não se torne um festival do Brasil, mas sim um programa especial de outros festivais, em outros estados.”
O Rio Festival Gay de Cinema será realizado entre 2 a 12 de julho, no Cine Odeon, no Cine Vitória (Livraria Cultura), no Cine Joia, no Cine Arte UFF, no Centro Cultural da Justiça Federal, no Instituto Cervantes, na Arena Carioca Jovelina Pérola Negra e a Arena Carioca Dicró. Os ingressos custam R$ 20 a entrada inteira e R$ 10 a meia. A programação completa está disponível no site do festival.
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