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no mercado de
cinema no Brasil
Morreu nesta sexta, dia 18, no Rio de Janeiro aos 79 anos o crítico, pesquisador e curador José Carlos Avellar, um dos maiores nomes da crítica cinematográfica no Brasil. O velório será realizado neste domingo, dia 20, às 10h30 no Memorial do Carmo.
Formado como jornalista, Avellar atuou como crítico no Jornal do Brasil por mais de vinte anos. Seus textos foram publicados em diversos veículos no exterior. Por muitos anos, foi o representante brasileiro do Festival de Berlim, colaborando na seleção de longas nacionais para a programação do festival. Ele também participou de júris oficiais e da crítica de festivais de grande porte como Veneza e Cannes. Nos últimos anos, fazia parte do prestigiado quadro de críticos internacionais da revista Screen, que publica diariamente as cotações dos filmes em competição em Cannes.
Em 2006, Avellar foi condecorado pelo governo francês como Cavaleiro das Artes e Letras. Muitos de seus escritos estão reunidos em seu site pessoal, Escrever Cinema.
Rio Filme, MAM e Gramado
Como crítico, ele publicou seis livros, entre eles O chão da palavra: cinema e literatura no Brasil (2007), no qual analisa clássicos como Vidas secas (1963) e Memórias do cárcere (1984). Como gestor público, trabalhou em cargos importantes, como diretor da Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, vice-presidente da Associação Internacional dos Críticos de Cinema (Fripesci) e curador do Festival de Gramado (de 2006 a 2011). De 1995 a 2000, foi diretor da Riofilme, colaborando com o lançamento de grandes títulos da Retomada como Central do Brasil.
Nos últimos tempos, Avellar desempenhou o cargo de Coordenador de Cinema do Instituto Moreira Salles no Rio. Nos anos 1960 e 1970, ele fez breves incursões na produção de filmes, dirigindo o curta-metragem Treiler e trabalhando como diretor de fotografia, produtor e editor em outras obras.
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