Migdal aposta em Glória Pires e continuações

Migdal aposta em Glória Pires e continuações

Thiago Stivaletti
17 ago 15

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Divulgação

Glória Pires em Linda de morrer

Em 2005, Iafa Britz produziu, ainda na Total Entertaiment, Se eu fosse você, o filme nacional mais visto de 2006, com 3,6 milhões de espectadores. Em 2010, ela fundou a Migdal, produtora que vem diversificando seu conteúdo em cinema e TV. Nesta quinta, ela lança via Fox Linda de morrer, comédia herdeira da de Daniel Filho em dois aspectos: os elementos sobrenaturais e a escalação de Glória Pires como protagonista. A atriz vive Paula, médica que descobre a cura da celulite, mas morre de um efeito colateral do remédio e volta à Terra para salvar as futuras vítimas. A direção é de Chris D’Amato (S.O.S. mulheres ao mar 1 e 2).

Do orçamento total de R$ 5 milhões, R$ 3 milhões vieram da Fox, através do Artigo 3°. Houve ainda a participação da empresa de fundos de investimento BB DTVM, Fundo Setorial e Secretaria Municipal de Cultura, com coprodução do Telecine. Segundo Iafa, a Fox deve lançar o filme na próxima quinta com cerca de 500 cópias em todo o país. “Este é um projeto que a Carolina Castro (argumentista e roteirista) desenvolve há quatro anos com a Fox. A Glória só entrou no projeto há um ano. Tivemos que correr para encaixar na agenda dela antes de a novela estrear. Filmamos tudo em um mês”, conta a produtora.

Nos últimos meses, a Migdal viveu experiências opostas com a diversidade de seus títulos. Irmã Dulce, cinebiografia com Regina Braga lançada no final de 2014, fez um público abaixo do esperado, de 210 mil pagantes. “Creio que o público não tinha tanto interesse em ver um drama naquele momento”, avalia Iafa. Por outro lado, o documentário Cássia Eller surpreendeu com 70 mil espectadores. O autoral Casa grande soma nove prêmios no Brasil e no exterior, com seleção nos festivais de Roterdã e San Sebastián.

Paulo Gustavo e os espíritos

Para 2016, a Migdal pretende filmar continuações dos seus dois maiores sucessos de bilheteria. Em abril, Paulo Gustavo roda Minha mãe é uma peça 2 – o primeiro fez público de 4,6 milhões. Até o fim do ano, a produtora deve tirar do papel Nosso lar 2, continuação do sucesso espírita de 2010 (4 milhões de espectadores). Iafa não revela muito sobre a sequência – apenas que o elenco será diferente, e a história será baseada em outro livro de André Luiz, Mensageiros.

Antes do fim do ano, a produtora lança mais um longa, em parceria com a Paris/Downtown: Mundo cão, de Marcos Jorge, diretor de Estômago, com Lázaro Ramos e Adriana Esteves. Lázaro vive um funcionário do Departamento de Zoonoses que um dia leva para casa um enorme cachorro, até que o dono vem pegá-lo de volta. “Não é bem uma comédia. É mais um thriller com elementos de humor, na mesma linha do que o Marcos fez no Estômago”, conta a produtora.

Nos últimos anos, a Migdal tem expandido seu foco para as produções de TV, como a série As canalhas (GNT) e Música.doc (MTV). “Temos um departamento criativo que pensa esses novos projetos. Mas eu venho do cinema, está no meu DNA, nunca vou deixar de fazer. Nossa meta é produzir ao menos dois longas e três séries por ano”, diz a produtora.