Referência
no mercado de
cinema no Brasil
O Brasil foi destaque na Variety esta semana, com a presença de Kleber Mendonça Filho e seu Aquarius na competição de Cannes. A publicação se referiu ao filme como “um sinal da afirmação brasileira no mercado internacional, com cada vez mais títulos sendo lançados no exterior”. O site disse ainda que os auxílios estatais têm sido responsáveis por parte significativa desta “revolução”, encabeçados pela Agência Nacional do Cinema (Ancine) e pelo programa Cinema do Brasil.
Segundo levantamento da Variety, em 2015, a Ancine destinou R$ 500 milhões (US$ 145 milhões) para produção e distribuição, e este valor superaria os sistemas de incentivos públicos de diversos países da Europa. Na Espanha, por exemplo, o orçamento para o setor cinematográfico, convertido em moeda americana, gira em torno de US$ 33,7 milhões.
O Cinema do Brasil, programa apoiado pela Apex-Brasil (Agência de Brasileira de Promoções de Exportações e Investimentos) e que visa à internacionalização do cinema nacional, também seria peça-chave neste tabuleiro, para a reportagem. De acordo com a Variety, de 2011 a 2015, o número de filmes inscritos no programa subiu de nove para 74.
Os acordos de coprodução internacional também tiveram destaque na matéria, em especial os fundos em parceria com países da América Latina e Portugal. “Coproduções permitem aos parceiros trocar conhecimentos e garantem a distribuição em seus países”, disse à publicação Tatiana Leite, do coletivo Bubbles Project (Órfãos do Eldorado; Aspirantes).
A Variety cita ainda o primeiro projeto em inglês da Gullane: Neon river, do diretor Karin Aïnouz (O céu de Suely; Praia do Futuro). O longa é baseado no romance Favela high-tech, de Marco Lacerda, e será todo rodado no Japão. As filmagens estão previstas para 2017, com orçamento entre US$ 5 milhões e US$ 10 milhões.
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