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Nagisa Oshima, um dos cineastas mais radicais do Japão, vai ganhar uma retrospectiva de seus filmes no CCBB do Rio e São Paulo, de julho a agosto. A mostra exibirá 12 longas-metragens, incluindo clássicos consagrados como O Império dos Sentidos, que lhe rendeu prêmio de Melhor Direção em Cannes, e Furyo, em nome da honra, dentre outros filmes menos conhecidos do início de sua carreira.
Morto em 2013, Oshima iniciou a carreira no famoso estúdio Shochiku, onde trabalhou como assistente de direção. Em 1959, dirigiu seu primeiro filme, Uma cidade de amor e de esperança, que tratou da pobreza e das diferenças de classe no Japão pós-guerra. Seus filmes dos anos 60 integraram-se à “nova onda” japonesa, um cinema inspirado pela Nouvelle Vague francesa. Eles ficaram conhecidos pelos personagens rebeldes ou criminosos – como em O túmulo do sol (1960) e Prazeres da carne (1965) – ou tratam de violência e sexualidade – como em Violência ao meio-dia (1966) e Duplo suicídio forçado: verão japonês (1967).
Seu filme mais radical, O Império dos Sentidos (1976), sobre a relação sexual obsessiva entre o dono de um hotel e uma ex-prostituta, contém cenas fortes que levaram à censura do filme em diversos países. No Brasil, a Censura Federal levou quatro anos até finalmente liberar o filme, que entrou em cartaz em 1980. No Japão, a versão integral é proibida até hoje.
Com apoio da Fundação Japão, a mostra acontece nos dias 15 a 27 de julho, no CCBB Rio, e de 29 de julho a 10 de agosto, no CCBB São Paulo. Os ingressos custam R$ 4, a inteira e R$ 2, a meia. Para mais informações, acesse o site do Centro Cultural.
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