A Elo Company tem pelo menos sete produções brasileiras para estrear entre o agosto próximo e o início de 2016, adianta Tito Liberato, responsável pela distribuição para cinemas. Duas delas concentram expectativas: Real beleza, novo longa de Jorge Furtado, marcado para 6 de agosto, e SOS – Mulheres ao mar 2, em codistribuição com a Universal e Europa, previsto para 22 de outubro. Os dois tem coprodução da Globo Filmes.

A continuação da comédia de sucesso, cuja primeira parte fez 1,7 milhão de espectadores no ano passado, é novidade para a Elo, que não participou do lançamento do original. “É uma aproximação gradual. Há algum tempo estamos conversando com outras distribuidoras para investigar possíveis parcerias”, revela o executivo da distribuidora independente, especializada em produções nacionais.

Já o filme de Furtado, produzido por sua Casa de Cinema, é uma tentativa de retorno do diretor ao público mais aberto de Saneamento básico (190 mil espectadores) e O homem que copiava (664 mil), depois da passagem pelo documentário de nicho com O mercado de notícias (13,1 mil), no ano passado. Embora não seja uma comédia, o longa tem dois nomes da TV - Vladimir Brichta e Adriana Esteves - nos papéis principais e uma trama ambientada no mundo da moda.

Dos filmes já marcados, há ainda o suspense adolescente Eu nunca, com produção de Esmir Filho, projeto contemplado pela linha 2 (distribuição) do primeiro edital da Spcine. O filme está provisoriamente agendado para 10 de setembro. No segundo semestre, chegam o documentário Damas do samba e o policial O crime da Gávea.

Para o último trimestre, está previsto o documentário Betinho, cujo lançamento vai coincidir com os 80 anos de nascimento do sociólogo, conhecido pelo ativismo pelos direitos humanos. Entre dezembro e o início de 2016 chega A corrente – Marina Abramovic, que registra as andanças da artista pelo país. O projeto também foi escolhido pelo edital da Spcine.

Responsável pelo lançamento de longas como Estação Liberdade e Amazônia eterna, a Elo tem como costume abraçar todo tipo de projeto, desde a fase de desenvolvimento. “Não posso dizer que tenhamos preferências. Sentamos com o produtor, os parceiros, e identificamos a melhor maneira de levar ao mercado cada perfil de produção”, diz Tito, que promove pitchings para prospectar boas ideias: “Fizemos um há uns dois anos e lá escolhemos boa parte desses filmes. Também temos muitos casos de projetos selecionados pelo Fundo Setorial, somos uma das distribuidoras mais bem colocadas nos editais”.