Warner ganha batalha por Dungeons & Dragons

Warner ganha batalha por Dungeons & Dragons

Redação
04 ago 15

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Divulgação

Cena de Dungeons & Dragons (2000)

Quase um ano após o início da contenda judicial envolvendo o futuro da marca Dungeons & Dragons no cinema, a Warner, a Hasbro e a Sweetpea Entertainment fecharam um acordo para a produção de um novo filme, evitando assim a intervenção da Justiça no caso. Sob o comando da Warner, o longa terá como base o roteiro de David Leslie Johnson (Fúria de titãs), pronto há quatro anos. A produção fica a cargo de Roy Lee (Uma aventura Lego; Como treinar seu dragão), com a participação da Hasbro, empresa responsável pela produção do game.

No RPG de fantasia medieval desenvolvido, originalmente, em 1974, por Gary Gigax e Dave Arneson, cada jogador cria seu próprio personagem para embarcar em aventuras imaginárias, nas quais terão de enfrentar monstros, interagir entre si, reunir tesouros e com isso acumular pontos de experiência para se tornarem mais poderosos à medida que o jogo avança. O sucesso comercial da marca D&D deu origem a uma série de produtos, como a série animada Caverna do dragão (1983-86), três filmes, jogos de computador, miniaturas e outros.

Entenda o caso

Em 2000, Courtney Solomon, da Sweetpea Entertainment, obteve os direitos para produzir e dirigir um filme chamado Dungeons & Dragons – A aventura começa agora, baseado no jogo homônimo de RPG mais vendido da Hasbro, com Jeremy Irons no elenco. Apesar do fracasso nas bilheterias, duas sequências para a televisão foram lançadas em 2005 e 2012, Dungeons & Dragons 2 – O poder maior, e Dungeons & Dragons 3 – O livro da escuridão.

A confusão toda começou em 2011, quando a Warner tentou adquirir os direitos de Dungeons e Dragons da Hasbro por US$ 5 milhões, mas teve sua proposta recusada, já que a Hasbro estava negociando com a Universal para produzir o seu próprio filme.

Diante da recusa, mas muito animada com o roteiro de David Leslie Johnson, a Warner partiu para uma estratégia controversa de negociação direta com a Sweetpea, adquirindo os direitos da história por US$ 5 milhões (incluindo os custos legais).

A Hasbro alegou então que os direitos cedidos à Sweetpea já haviam expirado e que os seus filmes não haviam constituído sequências adequadas. O assunto foi levado a julgamento em setembro passado, em uma guerra entre os dois grandes estúdios, Universal e Warner.

Na última segunda-feira, após meses de negociação, as partes envolvidas finalmente chegaram a um acordo, cedendo os direitos à Warner. Não está claro, no entanto, se a Universal assinou este acordo.