Referência
no mercado de
cinema no Brasil
A Sony anunciou prejuízo em sua divisão de cinema da ordem de US$ 962 milhões no último trimestre do ano passado. No entanto, seus executivos logo rebateram os rumores de que o departamento da gigante japonesa dedicado aos longas-metragens estaria à venda.
“Não se enganem. O compromisso da Sony Corporation com a Sony Pictures Entertainment continua intacto. O valor do conteúdo de alta qualidade continua a crescer. A Sony Pictures é uma parte muito importante do grupo Sony, e vamos continuar a investir para conseguir crescimento de longo prazo nessa área”, afirmou Kazuo Hirai, presidente do grupo Sony, e Michael Lynton, CEO da divisão de cinema, no evento do anúncio. Lynton está de saída do grupo – está indo para a Snap, empresa de tecnologia responsável pelo aplicativo Snapchat.
Segundo os executivos, o prejuízo anunciado deveu-se a causas “não financeiras”, incluindo a compra do estúdio em 1989 pelo conglomerado japonês e as dramáticas mudanças nos últimos anos no setor de entretenimento doméstico – com a queda acentuada nas vendas de DVD e Bluray.
A força da TV
Há três anos, Hirai afirmou no mesmo evento que a melhora dos resultados da Sony Pictures era uma prioridade urgente do conglomerado. Mas o resultado abaixo das expectativas de filmes como Caça-fantasmas e A longa caminhada de Billy Lynn, de Ang Lee, atrasaram as metas.
Uma das medidas para aumentar os ganhos da empresa nos próximos anos é a expansão dos braços de Produções para a Televisão e outras mídias. Nos últimos anos, a receita com produções não voltadas ao cinema cresceu proporcionalmente no total de faturamento da Sony. Um dos exemplos recentes é a premiada série The crown, do Netflix, do qual a companhia é coprodutora.
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