Renda do cinema francês cai 63% no exterior

Renda do cinema francês cai 63% no exterior

Redação
16 jan 17

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Divulgação

Refém do medo, com Naomi Watts: segunda coprodução francesa de maior renda em 2016

Os filmes franceses tiveram uma renda total de 230 milhões de euros (US$ 240 milhões) fora da França em 2016, uma grande queda de 63% em relação ao ano anterior – num total de 34 milhões de ingressos vendidos. Isso porque nenhum filme com  coprodução francesa (mesmo os falados em inglês) provou-se um grande sucesso nos EUA ou na China no ano passado. Em 2015, o total foi de 622,8 milhões de euros. Os dados são da Unifrance, agência responsável pela exportação do cinema francês no mundo.

Na falta de um novo sucesso, a animação O pequeno príncipe (2015), segundo entre os mais rentáveis de 2015, foi o campeão em 2016. Uma das grandes apostas do ano, o thriller Refém do medo, com Naomi Watts e produção da francesa EuropaCorp – que arrecadou apenas US$ 6,9 milhões nos EUA – ficou em segundo.

Foi o pior desempenho dos produtores franceses no século 21, e a primeira vez neste século que os filmes com selo francês somaram menos de 40 milhões de ingressos anuais.

Sem Scarlett

Um dos motivos atribuídos é que justamente a poderosa EuropaCorp, produtora do cineasta Luc Besson, não teve nenhum grande sucesso na lista no ano passado. “Ficamos mal acostumados com o fato de filmes como Lucy (2014), com Scarlett Johansson, ou Busca implacável (2008), com Liam Neeson, fazerem um público entre 20 e 30 milhões cada um. E isso não é normal”, afirmou Gilles Renouard, diretor da Unifrance.

Pela segunda vez nos últimos cinco anos, os filmes com produção ou coprodução francesa venderam menos tickets fora de casa do que no próprio país.  Mas o mercado externo é conhecido por ser muito mais volátil para esses longas.

Com a pouca participação dos EUA e da China, cerca de 50% da renda das produções francesas fora da França em 2016 veio das bilheterias obtidas nos outros países da Europa Ocidental.

A grande aposta

Bastam um ou dois filmes de potencial, porém, para reverter o quadro em 2017. A maior aposta é o sci-fi Valerian e a cidade dos mil planetas, com direção do próprio Besson, que já está sendo conhecido como o filme independente mais caro da história – um orçamento de cerca de US$ 209 milhões, bem acima dos US$ 83 milhões do último recordista, Astérix nos Jogos Olímpicos (2008). No Brasil, a Diamond planeja lançar o longa em 17 de agosto.

E há ainda Demain tout commence (Amanhã tudo começa), drama familiar estrelado por Omar Sy, o astro de Intocáveis, maior bilheteria da França no mundo em 2011.

+ Leia mais sobre Valerian e a cidade dos mil planetas na Comic-Con Brasil

 

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Cena de 'Valerian e a cidade dos mil planetas'