China baixa pacote de medidas para cercear mídia

China baixa pacote de medidas para cercear mídia

Redação
22 fev 16

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GettyImagens

A China acaba de divulgar um novo pacote de medidas que irá impactar drasticamente a atuação da mídia estrangeira no país. A partir de 10 de março, toda e qualquer empresa (incluindo joint-ventures) desse setor com atuação no mercado chinês não poderá publicar conteúdos online sem aprovação prévia do governo. O pacote abrange conteúdo textual, vídeos, mapas, jogos, literatura, livros digitais e arte em geral. Um dos regulamentos também prevê que essas companhias mantenham seus servidores e dados armazenados.

Com isso, o governo chinês – conhecido por seu forte esquema de censura, principalmente em relação à TV e à internet –, ganha mais ferramentas coercitivas de amplo alcance, porém vagamente desenhadas, gerando uma enorme área cinzenta sobre o que pode e o que não pode ser feito e incentivando a mídia a errar pelo lado da cautela. De acordo com a Variety, essas restrições parecem projetadas para apoiar legalmente a proibição da entrada de conteúdos que sejam críticos à China ou apresentem pontos de vistas divergentes aos da linha aprovada pelo governo.

O pacote de medidas atinge diretamente a reportagem e os comentários políticos, além de incluir comentários de leitores em redes sociais. Há a possibilidade de o conteúdo de revistas científicas também entrar para esta lista.

A notificação das novas restrições foi emitida conjuntamente com as entidades estatais Ministério da Imprensa, Publicação, Rádio, Cinema e Televisão e o Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação.