Referência
no mercado de
cinema no Brasil
A Argentina, terceiro maior mercado audiovisual da América Latina depois do México e do Brasil, registrou uma alta de 24,7% nas bilheterias em 2016, alcançando um recorde de 3,9 bilhões de pesos (US$ 245,8 milhões). Os números foram divulgados pelo INCAA, o Instituto Nacional de Cinema do governo.
A alta foi registrada em pesos – em dólar, houve uma queda acentuada, por conta da desvalorização de 62% da moeda local no ano.
Por outro lado, houve uma leve queda de 3,14% no número de ingressos vendidos – a alta, portanto, pode ser explicada pelo aumento do p.m.i. e pelo crescimento das sessões em 3D. Foram 48,9 milhões de ingressos em 2016 – o segundo maior resultado da década, atrás apenas de 2015.
A força dos bichinhos
O resultado se deve à conjunção de grandes títulos americanos com alguns poucos e bons desempenhos do próprio cinema argentino. Ao contrário do Brasil, em que os filmes de super-herói (Capitão América, Batman vs Superman e Esquadrão Suicida) lideraram o box office em 2016, lá os campeões foram as animações e filmes para toda a família: Procurando Dory (US$ 17,2 milhões), A era do gelo 5 (US$ 14,5 milhões) e Pets – A vida secreta dos bichos (US$ 12,8 milhões).
Entre os filmes locais, não houve um grande blockbuster como a comédia Relatos selvagens em 2014 ou o thriller O clã em 2015. Mas garantiram boas rendas a comédia Me casé con un boludo (US$ 9 milhões), o biográfico Gilda – No me arrepiento de este amor (US$ 4,6 milhões), o romance El hilo rojo (US$ 3,3 milhões) e O cidadão ilustre (US$ 3,3 milhões), indicado do país ao Oscar. O market share nacional ficou em 14,4%, um pouco abaixo dos dois anos anteriores. Os quatro filmes acima tiveram distribuição local da Disney.
© Filme B - Direitos reservados