Bilheteria da China até agosto já supera 2014

Bilheteria da China até agosto já supera 2014

Redação
10 set 15

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Divulgação

Cena do filme chinês The monkey king

Se a crise tem afetado os resultados da economia chinesa, no cinema o país só tem a comemorar. Até agosto, a receita total de bilheteria na China atingiu US$ 4,71 bilhões – um resultado maior do que todo o ano de 2014. Analistas estimam que o faturamento total do ano deve ficar na casa dos US$ 6,25 bilhões.

Para dar uma ideia da importância dos números, a previsão é de que em três anos as bilheterias chinesas devem superar o arrecadado nas bilheterias da América do Norte (EUA e Canadá).

Com o boom do mercado cinematográfico, o Conselho de Estado tirou da gaveta um antigo projeto de reforma da Lei de Promoção da Indústria Cinematográfica – projeto que estava parado há 20 anos. A nova lei deve incluir uma série de incentivos nas áreas de financiamento, taxação, investimento e uso de terrenos e espaços públicos para filmagem, tudo para atrair novas empresas e talentos para o cinema.

Sem idade

Mas nem tudo na nova lei deve significar abertura. Segundo analistas ouvidos pela Variety, o novo projeto não deve mexer na polêmica cota dos 34 filmes estrangeiros que podem estrear por ano na China – uma pedra no sapato de Hollywood. O assunto deve ficar para 2017.

Também não deve haver menção à criação de um sistema de classificação indicativa para os filmes – hoje, a falta desses sistema faz pensar que qualquer filme lançado nos cinemas da China é apropriado para todas as idades. Também há rumores de que os políticos devem aproveitar a discussão da nova lei para incluir novas restrições de conteúdo.

A ironia é que o governo chinês está disposto a injetar dinheiro no mercado de produção e exibição chinês justamente num momento em que o dinheiro de outras fontes está correndo solto após anos de estagnação – de megacorporações da internet, de fundos de investimento e de Hollywood. O caminho inverso também já acontece – recentemente, o giante chinês de comércio eletrônico Alibaba entrou como coprodutor na finalização de Missão: Impossível – Nação secreta, da Paramount.