Um dos países tradicionalmente fortes na corrida ao Oscar de filme estrangeiro, a Alemanha divulgou hoje o filme que irá representar o país na corrida por uma indicação ao Oscar de filme estrangeiro. É a comédia Toni Erdmann, de Maren Ade, sobre uma jovem executiva alemã que vive em Bucareste e é obrigada a receber por alguns dias em sua casa o pai excêntrico e desajustado, que tem o hábito de se disfarçar de outra pessoa.

Toni Erdmann foi um dos filmes mais aclamados da competição do último Festival de Cannes, em maio, mas acabou saindo sem nenhum prêmio oficial. Hoje, também foi anunciado que o longa venceu Grande Prêmio Fipresci de melhor filme do ano, dado pela Federação Internacional dos Críticos de Cinema. Na disputa, ele venceu os americanos Paterson, de Jim Jarmusch, e Anomalisa, de Charlie Kaufman.

A Alemanha foi o nono país a definir o seu filme na corrida do Oscar – Austrália, Croácia, Cuba, Geórgia, Romênia, Arábia Saudita, Suíça e Venezuela já definiram seus títulos.

O país já venceu três vezes o prêmio da categoria: em 1980 com O tambor, de Volker Schlöndorff, pela Alemanha Ocidental; em 2003, com Lugar nenhum na África, de Caroline Link; e em 2007 com A vida dos outros, de Florian Henckel von Donnersmarck.

Candidato brasileiro

Enquanto isso, a escolha do filme brasileiro para o Oscar segue uma carreira de polêmicas. Alegando direcionamento político na escolha da comissão julgadora e perseguições políticas a Aquarius, de Kleber Mendonça Filho, favorito à vaga, os diretores Gabriel Mascaro (Boi neon) e Anna Muylaert (Mãe só há uma) retiraram seus filmes da disputa – e um dos jurados, o diretor e produtor Guilherme Fiuza, anunciou que vai se desligar da comissão. As inscrições dos filmes se encerram no próximo dia 31 de agosto, e o anúncio do resultado será no dia 12 de setembro.