Referência
no mercado de
cinema no Brasil
Após dois anos de realização remota por causa da pandemia de Covid-19, o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro voltou ao modelo presencial na noite de quarta-feira, 10, reunindo profissionais de todo o Brasil na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro. Em discurso de abertura do evento, Renata Almeida Magalhães, presidente da Academia Brasileira de Cinema, deu o tom da noite de celebração: "Resistimos e estamos mais fortes do que nunca. Mais importante do que ganhar é fazer, e só nós podemos fazer os nossos filmes."
O evento foi especialmente marcado por protestos políticos, homenagens às produtoras audiovisuais e as múltiplas vitórias de Marighella (Dt/Paris). O longa, que liderava em número de indicações (17), liderou também na quantidade de vitórias da noite, levando para casa oito troféus Grande Otelo, incluindo os de melhor longa de ficção, melhor primeira direção de longa-metragem, para Wagner Moura, e melhor ator, para Seu Jorge.
Ao lado de Marighella, Turma da Mônica - Lições (melhor longa infantil) e Depois a louca sou eu (melhor longa de comédia) foram responsáveis por impulsionar a parceria Dt/Paris como a maior vencedora da noite entre as distribuidoras, totalizando 10 vitórias. A Imagem ficou logo atrás, vencendo, com Veneza , o troféu de melhor atriz (Dira Paes) e de melhor maquiagem. A distribuidora garantiu ainda o prêmio do júri popular para melhor filme, com O auto da boa mentira.
Entre as produtoras, o destaque ficou com a Globo Filmes, que fechou a noite com 15 prêmios.
Para além das premiações, durante toda a cerimônia, as mulheres que produzem o audiovisual brasileiro foram celebradas e homenageadas. Renata Almeida Magalhães lembrou, inclusive, o alto número de produtoras que deram entrada no Certificado de Produto Brasileiro (CPB) junto à Ancine nos útlimos sete anos: 3,5 mil.
Outra destaque da noite foi o anúncio do prefeito Eduardo Paes, que garantiu que, em seus próximos anos de gestão, está garantida a realização do Grande Prêmio na Cidade das Artes. O prefeito do Rio comentou também sobre a importância de investir no setor audiovisual, reforçando o compromisso da RioFilme em promover e fomentar a indústria.
Confira abaixo a lista completa de vencedores do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2022:
Melhor longa-metragem de ficção
Marighella (Dt/Paris) de Wagner Moura. Produção: Bel Berlinck, Andrea Barata Ribeiro, Fernando Meirelles por O2 Filmes e Wagner Moura por Maria da Fé.
Melhor filme - Júri popular
O auto da boa mentira (Imagem), de José Eduardo Belmonte. Produção: Mônica Monteiro, Fátima Pereira e Luciana Pires por Cinegroup.
Melhor direção
Daniel Filho por O silêncio da chuva (Elo Company)
Melhor primeira direção de longa-metragem
Wagner Moura por Marighella (Dt/Paris)
Melhor ator
Seu Jorge como Marighella por Marighella (Dt/Paris)
Melhor ator coadjuvante
Rodrigo Santoro como Luca por 7 prisioneiros (Netflix)
Melhor atriz
Dira Paes como Rita por Veneza (Imagem)
Melhor atriz coadjuvante
Zezé Motta como Francisca por Doutor Gama (Elo Company)
Melhor filme internacional
Nomadland (Disney) - EUA / Ficção / Direção: Chloe Zhao. Distribuidor brasileiro: Disney
Melhor filme ibero-americano
Ema (Imovision) - Chile / Ficção / Direção: Pablo Larraín. Distribuidor Brasileiro: Imovision.
Melhor longa-metragem documentário
A última floresta (Gullane Distribuidora), de Luiz Bolognesi. Produção: Caio Gullane; Fabiano Gullane por Gullane, Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi por Buriti Filmes.
Melhor longa-metragem comédia
Depois a louca sou eu (Dt/Paris), de Julia Rezende. Produção: Mariza Leão por Atitude Produções e Empreendimentos.
Menção honrosa - Longa-metragem animação
Bob Cuspe - Nós não gostamos de gente (Vitrine), de Cesar Cabral. Produção: Cesar Cabral e Anália Tahara por Coala Produções Audiovisuais.
Melhor longa-metragem infantil
Turma da Mônica - Lições (Dt/Paris), de Daniel Rezende. Produção: Bianca Villar, Fernando Fraiha e Karen Castanho por Biônica Filmes, Marcio Fraccaroli por Paris Entretenimento e Daniel Rezende.
Melhor curta-metragem documentário
Yaõkwa, imagem e memória, de Rita Carelli e Vincent Carelli.
Melhor curta-metragem de animação
Mitos indígenas em travessia, de Julia Vellutini e Wesley Rodrigues.
Melhor curta-metragem de ficção
Ato, de Bárbara Paz.
Melhor montagem ficção
Karen Harley, EDT por Piedade (Arthouse).
Melhor montagem documentário
Ricardo Farias por A última floresta (Gullane)
Melhor roteiro original
Henrique dos Santos e Aly Muritiba por Deserto particular (Pandora).
Melhor roteiro adaptado
Felipe Braga e Wagner Moura - adaptado da obra "Marighella: O Guerrilheiro que Incendiou o Mundo", de Mario Magalhães - por Marighella (Dt/Paris)
Melhor direção de fotografia
Adrian Teijido, ABC, por Marighella (Dt/Paris)
Melhor efeito visual
Pedro de Lima Marques por Contos do amanhã (Europa)
Melhor som
George Saldanha, ABC, Alessandro Laroca, Eduardo Virmond Lima e Renan Deodato por Marighella (Dt/Paris)
Melhor direção de arte
Frederico Pinto, ABC por Marighella (Dt/Paris)
Melhor maquiagem
Martín Macías Trujillo por Veneza (Imagem)
Melhor figurino
Verônica Julian por Marighella (Dt/Paris)
Melhor série brasileira documentário, de produção independente - Tv Paga/OTT
Transamazônica - Uma estrada para o passado - 1ª temporada (HBO e HBO GO) Direção Geral: Jorge Bodanzky. Produtora Brasileira Independente: Ocean Films.
Melhor série brasileira animação, de produção independente - TV paga/OTT
Angeli the killer - 2ª temporada (Canal Brasil). Direção Geral: Cesar Cabral. Produtora Brasileira Independente: Coala Produções Audiovisual.
Melhor série brasileira ficção, de produção independente - TV aberta
Sob pressão - 4ª temporada (Globo). Direção Geral: Andrucha Waddington. Produtora Brasileira Independente: Conspiração.
Melhor série brasileira ficção, de produção independente - TV paga/OTT
Dom - 1ª temporada (Amazon Prime Video) Direção Geral: Breno Silveira. Produtora Brasileira Independente: Conspiração.
Melhor trilha sonora
André Abujamra e Márcio Nigro por Bob Cuspe - Nós não gostamos de gente (Vitrine)
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