Oculus fecha parceria com a Fox

Oculus fecha parceria com a Fox

Redação
25 set 15

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Getty Images/Chesnot

Usuário testa dispositivo: inúmeras aplicações

A Fox fechou um acordo com a Oculus VR para lançar cem de seus filmes em versões para os dispositivos de realidade virtual Oculus Rift e Samsung Gear VR, dois gadgets que pretendem abrir um novo nicho para a indústria do entretenimento. A Lionsgate já havia assinado com a companhia, que desde 2014 pertence ao Facebook. O anúncio foi ontem, durante uma conferência em Hollywood, que contou com a presença do CEO Mark Zuckerberg.

O contrato inclui títulos como Alien, o oitavo passageiro, Duro de matar, X-Men – Dias de um futuro esquecido, Birdman, Busca implacável e Maze Runner: Correr ou morrer. A Lionsgate ainda vai revelar sua lista, que deve incluir filmes como Jogos Vorazes e Pulp fiction. Durante a apresentação, foi anunciado ainda um acordo com a Neflix para lançar um app que permitirá acesso ao catálogo do serviço de streaming pelos gadgets de realidade virtual.

Além do Rift - um dispositivo similar a um óculos de mergulho high-tech que requer conexão com um computador equipado com Windows -, a empresa também desenvolveu, em parceria com a Samsung, o Gear VR, que utiliza smartphone da nova geração da marca para exibir imagens em 360 graus.

Nova versão do Gear em novembro

Na cerimônia, o CEO da Oculus, Brendan Iribe, revelou que chega ao mercado americano em novembro uma nova versão do Gear, mais leve e compatível com a nova safra de telefones da companhia sul-coreana, por US$ 99. O Rift só estará nas prateleiras no primeiro trimestre do ano que vem.

Segundo Iribe, os títulos das novas parcerias ficarão disponíveis na plataforma Oculus Video, que permitirá aos usuários dos dispositivos navegar pelo catálogo de filmes para aluguel e compra em um ambiente de total imersão, como se andassem por uma locadora virtual. “Em alguns anos, essa tecnologia vai sair das fantasias da ficção científica para uma realidade incrível que vai modificar a maneira pela qual nos comunicamos”, afirmou Zuckerberg.

Tela gigante, 3D e interação

O projeto do Rift começou como uma campanha colaborativa do Kickstarter, que angariou US$ 2,5 milhões em 2013. A então companhia independente Oculus foi comprada pelo Facebook no ano seguinte, por US$ 2 bilhões. Desde então, vem explorando possibilidades de conteúdo, com uma expectativa alta no mercado de games e algumas experiências na área do cinema.

O potencial para a indústria cinematográfica é imenso. No caso das obras de catálogo, como os títulos da Fox, o usuário pode ter uma experiência similar à de assistir a imagens em uma tela grande real, com fones de ouvido para completar a imersão. Há ainda a possibilidade de ver um filme com outros usuários em rede, que têm a chance de interagir por meio de seus avatares.

Outro filão a ser explorado são os vídeos esféricos ou 360 graus, uma evolução do 3D que possibilita ao usuário interagir com o conteúdo movendo sua cabeça. No último Festival Sundance, a Oculus exibiu seu primeiro curta nesse formato, Lost, que teve boa acolhida do público. Em julho, a empresa fechou uma parceria com a produtora canadense Felix & Paul para desenvolver filmes em 3D 360 graus.