Público do cinema francês cresce 44% no Brasil

Público do cinema francês cresce 44% no Brasil

Redação
19 jan 16

Imagem destaque

Divulgação

Tahar Rahim e Omar Sy em Samba

Levantamento da Unifrance, entidade responsável pela promoção do cinema francês no mundo, revelou que o público brasileiro para os longas da França cresceu 44% em um ano. De 3,7 milhões de ingressos vendidos em 2014, passou-se a 5,3 milhões de ingressos em 2015.

A conta inclui sucessos como a animação O pequeno príncipe – que se tornou a animação francesa mais vista da história -, Samba e Astérix e o domínio dos deuses; filmes falados em inglês, como o thriller Busca implacável 3, com Liam Neeson, produção da Europacorp de Luc Besson; e o documentário O sal da terra, sobre Sebastião Salgado, produção majoritariamente francesa.

Com o resultado, o Brasil superou a Itália e tornou-se o quarto mercado mais importante para o cinema francês, atrás apenas da China (14,7 milhões de ingressos em 2015), EUA e Canadá (14,4 milhões) e México (5,3 milhões).

França latina

A América Latina bateu recorde de vendas. Com 22,3 milhões de ingressos, um em cada cinco espectadores fora da França estava no continente. Colômbia e México tiveram crescimento relativo maior que o Brasil – de 116% e 76%, respectivamente.

No total, o cinema francês faturou 600 milhões de euros em 2015, queda de 12% em relação ao ano anterior. Foram 106 milhões de ingressos no mundo, contra 72,5 milhões dentro da França. Foi o segundo ano seguido em que foram vendidos mais ingressos fora da França do que dentro, o que confirma a eficiência da política de internacionalização do cinema gaulês.

Ao todo, a França exportou 515 títulos no ano passado. Desses, 20% foram animações.

Outro relatório da Unifrance divulgado pela Variety mostrou que, apesar de a França ser conhecida por seus filmes de autor, os filmes de fantasia e aventura como a franquia Astérix foram responsáveis por 82% dos ingressos pelo mundo, contra 29% das comédias. Estas vão melhor nos países vizinhos – filmes como A Riviera não é aqui e Os intocáveis venderam mais de 50% dos tíquetes na Alemanha, Bélgica e Luxemburgo.