Referência
no mercado de
cinema no Brasil
Antes mesmo de chegar ao circuito comercial, o sétimo filme da franquia Star Wars já coleciona uma série de recordes. Só nos Estados Unidos, o Episódio VII – O despertar da força (Disney) vendeu, até o momento, mais de US$ 100 milhões na pré-venda de ingressos, de acordo com informações da Variety. Em termos comparativos, o atual recordista de vendas antecipadas é Batman – O cavaleiro das trevas ressurge (Warner), que vendeu US$ 25 milhões antes da sua estreia, em 2012. Esse valor de bilheteria também sugere que o longa tem potencial para abrir com mais de US$ 200 milhões no mercado americano, passando o recorde de Jurassic World – O mundo dos dinossauros (Universal), que fez US$ 208,4 milhões em seu primeiro final de semana, em 2015.
Para Dave Hollis, executivo de distribuição da Disney, “as vendas de ingressos antecipados para Star Wars – O despertar da força estão além do que poderia ser previsto, ainda mais para um lançamento no mês de dezembro”. Ele ainda explicou que os cinemas americanos não só têm milhões de ingressos disponíveis para este fim de semana, como a maioria possui a capacidade de adicionar exibições para o filme de acordo com a demanda.
Recorde também na Europa
No Reino Unido, o longa também está prestes a se tornar o grande sucesso do ano. De acordo com a The Hollywood Reporter, há menos de dois dias para a estreia, O despertar da força já vendeu mais de US$ 10 milhões em bilheteria, equivalentes a cerca de 943,4 mil ingressos (p.m.i. de US$ 10,6). A Vue, por exemplo, que tem 804 telas no país e é a maior cadeia de cinema do mundo fora dos EUA, vendeu até agora mais de 355 mil entradas, e teve de providenciar 200 salas adicionais para a abertura, na quinta, e 100 extras para o final de semana. Na Alemanha, The force awakens (no original) segue pelo mesmo caminho. Ainda segundo informações da THR, lá, já foram vendidos mais de 550 mil bilhetes para o filme, a um preço médio que vai de US$ 9,5 para sessões regulares em 2D, até US$ 22 em salas Premium, com 3D.
O fator China
A única incógnita permanece o território chinês, onde o filme só será lançado em 9 de janeiro. A China representa hoje o segundo maior mercado de cinema do mundo – e deve ultrapassar a América do Norte em menos de três anos. Por isso, a Disney precisa garantir uma performance expressiva para o filme nesse país, tanto para satisfazer seus acionistas em um curto prazo, quanto para estabelecer uma audiência para as incontáveis sequências e spinoffs que estão previstos.
Ao contrário dos demais mercados internacionais, as perspectivas para Star Wars na China são definitivamente preocupantes. A franquia mais famosa de todos os tempos é, surpreendentemente, desconhecida no país. Em 1977, quando Guerra nas estrelas foi lançado, a China ainda estava emergindo de sua Revolução Cultural. Por isso, os três filmes originais da série nunca foram lançados nos cinemas chineses – duas décadas mais tarde, a Fox se encarregaria da distribuição das prequels (a segunda trilogia, produzida de 1999 a 2005) no país.
Justamente por isso, a Disney tem trabalhado em uma extensa campanha de marketing na China. Em outubro, por exemplo, ela e a Fox assinaram um acordo com a gigante da internet Tencent para disponibilizar todos os seis filmes da franquia on line, via streaming, no país.
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