As franquias do verão americano: altos e baixos

As franquias do verão americano: altos e baixos

Redação
19 ago 15

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Divulgação

Mad Max: Estrada da fúria

A busca incessante de Hollywood pela franquia perfeita, à prova de fracassos, pode se tornar um processo autodestrutivo para a grande indústria do cinema?

Para discutir o assunto, o site Deadline.com convidou Peter Bart e Mike Fleming Jr, dois ex-editores da revista Variety – hoje concorrente deles na internet. Eles fizeram um grande balanço do desempenho das franquias e blockbusters deste verão americano em busca de respostas.

Para Fleming, Hollywood aumenta cada vez mais sua aposta nas franquias – a Disney anunciou esta semana a criação de um parque temático de Star wars antes mesmo de avaliar a bilheteria do episódio VII, que estreia no final do ano. A “temporada de verão” se dilata a cada ano para além do verão oficial, entre julho e setembro – neste ano, o primeiro grande lançamento, Velozes e furiosos 7, aconteceu em 3 de abril.

“Não lembro de outra temporada tão preenchida com sequências, reboots e tentativas de lançar franquias”, diz o analista. Cinco franquias já bem sucedidas saíram fortalecidas da temporada: Velozes, Jurassic World, Missão: Impossível, Vingadores e a animação Minions. Para Fleming, uma franquia bem-sucedida não significa relaxar na qualidade do filme – ele lembra que tanto Jurassic quanto Missão tiveram suas produções adiadas porque os produtores (incluindo Spielberg no caso do primeiro) não estavam satisfeitos com o material.

Quem sobrevive

Mas o trabalho de Hollywood como incubadora de novas franquias teve seus problemas. Por conta de seus resultados de bilheteria, ao menos quatro lançamentos “originais” podem não ter continuação: Tomorrowland: Um lugar onde nada é impossível, Pixels, O agente da U.N.C.L.E. e Homem-Formiga – a Disney ainda estuda se dará um segundo longa ao mini-herói da Marvel. Na outra ponta, duas fortes marcas nasceram com a animação Divertida mente, da Pixar, e o sucesso inesperado de Terremoto: A falha de San Andreas (US$ 468 milhões em bilheteria global).

Marcas ressuscitadas

Outro grupo analisado por Bart e Fleming é o das franquias intermitentes, que não se encaixam exatamente na linha de produção hollywoodiana, que prevê um novo filme a cada dois ou três anos. Aí, houve três resultados diferentes. O novo Quarteto Fantástico (dez anos depois do último) não foi bem nas bilheterias e expôs os conflitos do diretor com a Fox.

O exterminador do futuro: Gênesis (seis anos depois do anterior) e Mad Max: Estrada da fúria (30 anos de intervalo) tiveram desempenho global semelhante (US$ 322 milhões e US$ 370 milhões) – ainda que, pela força da franquia de Schwarzenegger, se esperasse uma performance superior do exterminador. A Paramount vai esperar os resultados de Exterminador na China para decidir se haverá uma nova sequência. Se o diretor George Miller aceitar, é bem provável que um quinto Mad Max saia do papel, talvez como um spinoff estrelado por Furiosa, a personagem de Charlize Theron.