Referência
no mercado de
cinema no Brasil
Doutor Estranho (Disney) chegou forte ao circuito brasileiro esta semana, com uma abertura em 1,2 mil salas. O personagem do universo expandido Marvel, nunca antes visto na família de super-heróis das telas, teve pré-estreia cheia (todos os horários) na quarta e é o maior dos lançamento desta quinta-feira, dia 3.
A aventura traz Benedict Cumberbatch no papel de um neurocirurgião que, depois de um acidente de carro, busca cura nas ciências ocultas. Tilda Swinton vive sua mentora. Como de costume, a história teve algumas pistas despejadas em outros filmes da Marvel, como Thor – O mundo sombrio e Capitão América 2.
O longa entra em cartaz no Brasil com forte circuito 3D (861 salas) e aposta também nos formatos especiais, como IMAX (12) e 4D (6). A estreia vai enfrentar a segunda semana de Trolls (Fox). A seu favor, o novato tem as críticas favoráveis, que ressaltaram principalmente o aspecto visual da produção. No agregador Rotten Tomatoes, concentra 90% de resenhas profissionais positivas.
Estreias abaixo das cem salas
Neste fim de semana aquecido, Doutor Estranho enfrenta apenas lançamentos de menor porte, abaixo das cem salas. O maior deles é o drama A luz entre oceanos (Paris), exibido no Festival de Veneza. No filme, que ocupa 94 salas por todo o país, Michael Fassbender e Alicia Vikander vivem um casal que resgata um bebê de um barco à deriva. Derek Cianfrance (Namorados para sempre) dirige.
Entra também o histórico 13 minutos (Mares Filmes), com circuito de 31 salas. O diretor alemão Oliver Hirschbiegel (A queda! As últimas horas de Hitler) retorna ao pano de fundo da Segunda Guerra para contar a história de um homem e seu plano para matar o führer.
O documentário Cinema novo (Vitrine Filmes), de Eryk Rocha, abre em 20 salas. O longa faz um ensaio poético do movimento que sacudiu as artes brasileiras nos anos 1950, com um conjunto de filmes engajados de diretores como Glauber Rocha, Nelson Pereira dos Santos e Cacá Diegues. A obra saiu com o prêmio paralelo L’oleil D’or no último Festival de Cannes.
Philip Roth e documentários
Em 17 telas, chega Indignação (Sony), adaptação de um romance de Philip Roth, primeiro longa com diretor do produtor James Schamus. Logan Lerman vive um jovem estudante judeu às voltas com a repressão sexual dos Estados Unidos nos anos 1950. Em patamar semelhante, entram o drama nacional Canção da volta (Pandora), estreia na direção de Gustavo Rosa de Moura, com 14 salas, e Curumim (Zazen), de Marcos Prado, com 12. O documentário do diretor de Estamira mostra a dramática história da execução do piloto de asa delta e traficante internacional Marco Archer na Indonésia.
Em circuito restrito de oito salas, volta aos cinemas Estranhos no paraíso (Zeta Filmes), clássico de 1984 com direção de Jim Jarmush que levou o Câmera de Ouro em Cannes. Com apenas três telas, chega também o documentário de Vladimir Carvalho (Rock Brasília) Cícero Dias, o compadre de Picasso (distribuição própria), sobre o pintor pernambucano.
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