A CineBH – Mostra de Cinema de Belo Horizonte divulgou nesta quarta, dia 30, a programação de sua 9ª edição, que começa no dia 15 de outubro. São 65 filmes, entre nacionais e internacionais, inéditos e retrospectivas. A intenção dos curadores é dar um panorama do papel da criação no cinema contemporâneo. Também há oficinas, workshops e um encontro de coprodução.

Na Mostra Contemporânea, a principal vitrine, estão longas recém-lançados e outros que já rodaram festivais pelo mundo e permanecem inéditos no país. A seleção estrangeira inclui títulos de diretores como Jem Cohen, Takashi Miike e Pierre Léon. Do Brasil, estão A morte diária, de Daniel Lentini, O touro, de Larissa Figueiredo, e as quatro obras do projeto Telha Brilhadora, idealizado pelo cineasta Julio Bressane. Também é nacional o filme de abertura, Mate-me por favor, de Anita Rocha da Silveira, recém exibido no Festival de Veneza.

Homenagem a Lucrecia Martel

A edição deste ano homenageia a diretora argentina Lucrecia Martel, que atualmente trabalha na pós-produção de seu próximo filme, Zama, uma coprodução com a brasileira Bananeira Filmes, de Vania Catani, e a espanhola El Deseo, dos irmãos Almodóvar. São exibidos os três longas da cineasta – O pântano (2001), A menina santa (2004) e A mulher sem cabeça (2007) -, além de cinco de seus curtas. Martel também participa de um encontro com o público.

No campo dos curtas, a curadoria selecionou 33 filmes, de veteranos como Carlos Adriano e Beth Formaggini a novatos como Diego Hoefel e Davi de Oliveira Pinheiro. Uma retrospectiva vai repassar as produções da paraibana Vemelho Profundo, especializada nos gêneros terror e ficção científica.

Filmes franceses clássicos na programação

Outro destaque é a segunda edição da mostra Diálogos Históricos, lançada em 2014 com ótima recepção do público. A programação é dedicada a clássicos em cópias restauradas. Desta vez, serão exibidas apenas obras relevantes do cinema francês dos anos 1930 a 60: French can can, de Jean Renoir, O desprezo, de Jean-Luc Godard, Os olhos sem rosto, de Georges Franju, e Zero em comportamento, de Jean Vigo.

Os produtores que estiverem na capital mineira poderão participar do Brasil CineMundi, um mercado de coprodução com 21 convidados internacionais. Os representantes estrangeiros vão marcar presença em rodadas de negócios e conhecer os 15 projetos brasileiros escolhidos pela organização. Ao fim, um júri vai selecionar o melhor longa nacional em desenvolvimento, que será premiado com materiais e serviços.

A programação do Cine BH vai até o dia 22 de outubro, no Palácio das Artes e no centro cultural CentoeQuatro. A curadoria é dos críticos Francis Vogner e Pedro Butcher e a realização, da Universo Produção, de Raquel Hallak. Toda a programação é gratuita. Confira a lista completa de filmes no site oficial.