Referência
no mercado de
cinema no Brasil
Com o declínio do mercado de DVD e blu-ray, produtores europeus mostraram no Festival de Cannes que estão atrás da melhor forma de aumentar sua presença nas plataformas de video on demand (VoD) que atuam no continente, tanto transacionais quanto por assinatura.
Estudo do Observatório Europeu do Audiovisual mostrou que há espaço para crescimento dessas novas plataformas, ainda dominadas pelos filmes americanos. Um levantamento do catálogo de 75 plataformas de VoD transacional (que cobram por título comprado ou alugado, como a Apple TV) e 16 serviços de subscription VoD (que funcionam por assinatura, como a Netflix) mostrou que apenas 27% dos títulos são europeus.
Outro dado interessante do levantamento: do total de filmes europeus exibidos nos cinemas entre 2005 e 2014, 47% estão ou estiveram disponíveis no VoD, contra 87% dos filmes americanos. Uma das explicações para a diferença é que os estúdios mantêm contratos diretos com os serviços de streaming, enquanto os produtores independentes precisam trabalhar com os chamados agregadores, que fazem o intermédio da negociação título a título.
Um último ponto explorado pelos analistas do Observatório é que, no meio de uma oferta de inúmeras opções nas plataformas, a promoção e publicidade feita em cima de alguns poucos títulos são fundamentais para definir a audiência.
Em outubro do ano passado, o grupo pesquisou o espaço publicitário dos principais serviços na Alemanha, França e Reino Unido. Os dez maiores filmes, sendo oito americanos e dois europeus, concentravam 40% do espaço de mídia das plataformas. A publicidade também privilegia filmes recentes – 90% dos títulos promovidos tinham menos de dois anos. Do total, 28% do espaço publicitário foi dedicado a filmes europeus.
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