A Disney mais uma vez superou as expectativas de Wall Street ao revelar que a plataforma Disney+ ganhou 7,9 milhões de assinantes no último trimestre. Os investidores esperavam no máximo 5 milhões de novos clientes. O serviço de streaming já soma 137,7 milhões de assinaturas.

Apesar dos bons números, a diretora financeira da empresa, Christine McCarthy, ressaltou que o crescimento do número de assinaturas pode desacelerar nos próximos meses:

"A primeira metade de 2022 foi muito melhor do que imaginávamos, então é natural esperar desaceleração em seguida", disse a executiva, ressaltando que os filmes e séries previstos ainda para este ano devem manter a plataforma com forte desempenho.

Apesar de a Netflix ter registrado recentemente a primeira retração de novos assinantes, a indústria de streaming ainda é uma das áreas mais cobiçadas por Wall Street.

Outras plataformas da Disney disponíveis nos EUA e em outros países também tiveram resultados positivos. A Hulu obteve mais 300 mil de novas assinaturas, elevando o total a 45,6 milhões. Já a ESPN+ recebeu 1 milhão, chegando a um total de 22,3 milhões.

A receita total da empresa foi estimada em US$ 19,2 bilhões. Somente o setor de streaming cresceu 23% em relação ao mesmo período do ano passado.

Após os resutados preocupantes apresentados pela Netflix, a indústria de streaming se viu sob forte pressão de Wall Street, mas o CEO da Disney, Bob Chapek, tentou tranquilizar os investidores. Ele disse que uma versão mais barata da Disney+, com propagandas, vai ajudar a manter o crescimento da plataforma. 

Mesmo assim, a postura da empresa parece ser de cautela. No ano passado, a Disney+ anunciou que investiria US$ 33 bilhões em conteúdo em 2022, mas agora revelou que o valor será de US$ 22 bilhões (US$ 1 bilhão a menos). A diferença pode parecer pequena em termos de números bilionários, mas indica uma precaução diante de um cenário de competitividade cada vez mais forte no setor.