Referência
no mercado de
cinema no Brasil
Diante da falta de blockbusters hollywoodianos nos próximos dois meses, os exibidores têm a chance de apostar num filme nacional: O palestrante (Dt/Paris), que chega em 4 de agosto. A comédia teve uma excelente repercussão na primeira exibição para o setor, conforme atestou a diretora de marketing da Downtown, Bianca Raggio.
Em entrevista à Filme B, o protagonista Fábio Porchat explica o potencial do longa:
"Sinto que é uma comédia romântica para toda a família, porque é leve, não traz polêmica, não é politizada e não tem nenhum assunto que desvie a atenção do mais importante: o riso."
O palestrante conta a história de um homem (Porchat) sem rumo na vida e que acaba sendo confundido com um famoso palestrante motivacional. Ele, então, decide tomar o seu lugar, mesmo tendo que lidar com os improvisos e confusões provocados pelo "disfarce" (veja o trailer abaixo):
Comédias nacionais recentes, embora bem-sucedidas para o contexto pós-pandemia, enfrentaram dificuldade para atingir números de 2019. Além de termos perdido Paulo Gustavo, o Brasil atravessa uma crise econômica. Há solução para este cenário? Segundo Porchat, sim.
"O caminho é fazer comédias realmente boas, engraçadas, divertidas. Filmes que vão tirar gargalhadas sinceras. É o que o Paulo fazia. Claro que temos que pensar em marketing e divulgação, mas O palestrante é um filme de boca a boca. As pessoas vão ver e vão gostar, e vão divulgar", diz o ator, que também é roteirista do filme ao lado de Cláudia Jouvin. A direção é de Marcelo Antunez, de sucessos como Até que a sorte nos separe 3 (3,3 milhões de espectadores) e Polícia Federal - A lei é para todos (1,3 milhão).
A aposta num conteúdo de humor de qualidade, para Porchat, é a melhor resposta à concorrência entre cinema e streaming.
"A gente vive um momento difícil no cinema nacional por uma série de fatores, e a pandemia fez com que as pessoas ficassem esperando os filmes estrearem no streaming. A concorrência está maior. As pessoas pensam: 'é caro ir ao cinema. Daqui a pouco estreia aqui no conforto do meu lar’. A competição é dura. A resposta é o humor."
"Precisamos de mais comédias românticas"
Porchat vislumbra um futuro bom para a comédia nacional, a julgar pelos novos talentos. O palestrante traz, no elenco, nomes como os comediantes Dani Calabresa e Paulo Vieira, que ganharam muita evidência nos últimos tempos. Ela, por comandar o quadro CAT BBB do Big Brother Brasil 22, além do longo histórico de comediante na MTV e na TV Globo. Ele, pelas participações hilárias e irreverentes em programas da Globo, além de apresentar a série documental Avisa lá que eu vou, exibida no Fantástico e no GNT. Juntos, o trio de protagonistas tem mais de 10,3 milhões de seguidores só no Instagram.
"Temos bons nomes e boas comédias. Infelizmente, temos feito poucos filmes, e poucos estão sendo lançados por conta de toda essa maluquice que estamos vivendo. Mas acho que os comediantes estão no caminho certo, e há todo tipo de humor. Temos que arriscar a fazer mais comédias românticas. Meu passado me condena 1 e 2 são provas. Esse tipo de filme funciona bem, e o brasileiro gosta. Se feito certo, pode furar esse bloqueio que hoje a gente vê", conclui Porchat.
O filme tem como produtoras a Camisa Listrada, a Paramount, o Telecine e a Globo Filmes. A produção é de André Carreira, com os produtores associados Bruno Wainer e Tereza Gonzalez. A produção executiva é de Ângelo Gastal.
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