Cineworld se prepara para declarar falência

Cineworld se prepara para declarar falência

Redação
19 ago 22

O golpe foi forte. Há dois anos, vê-se, em diversos veículos, o quanto a pandemia afetou o audiovisual, e, principalmente, a exibição. Hoje, mesmo com a situação sanitária bem melhor do que já esteve, os efeitos ainda são sentidos de forma intensa. A ponto de a Cineworld, a segunda maior rede de cinemas do mundo, com 751 instalações espalhadas por 10 países, anunciar que se prepara para declarar falência. A notícia saiu primeiro no Wall Street Journal. 

A empresa londrina, que detém a Regal, entrou com pedido de falência nos EUA, conforme a lei americana Capítulo 11, que prevê que o devedor possa seguir operando com poderes e deveres de uma administradora, e que permite, com aprovação do tribunal, pegar mais dinheiro emprestado para cumprir dívidas com os credores. No Reino Unido, a companhia está considerando declarar insolvência, entrando em liquidação. 

O preço das ações da empresa caiu mais de 50% após a notícia da possível falência. A Cineworld citou, como principal causa da falência, as vendas de ingressos abaixo do esperado, devido à quantidade relativamente pequena de blockbusters que tem sido lançados nos cinemas. “Esses níveis menores que o esperado devem continuar até novembro de 2022 e devem impactar negativamente os negócios e a liquidez do grupo num futuro próximo”, disse a empresa em um comunicado.

Em março, a Cineworld reportou receitas de US$ 1,8 bi em 2021. O lucro também cresceu, chegando a US$ 15,8 milhões, contra um prejuízo de US$ 2,2 bilhões em 2020. Como se pode perceber, as receitas do ano passado não são suficientes para compensar a perda gigantesca de 2020.