Referência
no mercado de
cinema no Brasil
Americanos com mais de 50 anos estão impulsionando o crescimento do streaming, segundo dados da Nielsen obtidos pelo Wall Street Journal nesta quinta-feira, 13.
Esse grupo demográfico foi responsável por 39% do tempo gasto com streaming em maio, contra 35% no mesmo período do ano passado. O uso de plataformas como Netflix, Hulu, Disney+ e YouTube subiu no geral (21%, segundo a Nielsen), mas o crescimento foi mais notável entre os mais velhos.
De acordo com a empresa, pela primeira vez pessoas entre 50 e 64 anos conquistaram uma parcela maior do tempo de uso de streaming do que aquelas entre 35 e 49 anos.
Para Brian Fuhrer, um executivo da Nielsen, a resistência do público mais maduro ao streaming vem sendo quebrada conforme as plataformas produzem mais conteúdo direcionado a essa faixa etária — ele chega a citar como exemplos séries como The Lincoln lawyer, Heartland e Outlander. Num momento em que o mercado digital está cada vez mais acirrado, inclusive com a Netflix perdendo assinaturas, conquistar esses espectadores tornou-se uma missão importante para as plataformas.
Hábitos da pandemia
Mas esse não é o único motivo. O fim das restrições sanitárias incentivou os jovens a voltarem em peso aos cinemas e a procurarem outras formas de entretenimento. Por outro lado, os mais velhos, ao longo da pandemia, acostumaram-se com o streaming. Muitos, inclusive, abriram mão da TV paga.
Além disso, diversos eventos esportivos populares entre os americanos mais velhos, como basebol, hoje são transmitidos exclusivamente em plataformas de streaming nos EUA.
"Eu aprendi a gostar da flexibilidade de poder ver o que eu quiser e em qualquer dispositivo", exemplificou, ao WSJ, Tim Avery, um americano de 51 anos que migrou da TV paga para o Hulu e a Netflix.
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