Alex Braga: "2023 vai ser o ano do audiovisual"

Alex Braga: "2023 vai ser o ano do audiovisual"

Redação
13 abr 23

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Paulo Sérgio Almeida / Filme B

Alex Braga

Após divulgar o investimento de R$ 1 bilhão no setor audiovisual, a Ancine está otimista para o desenvolvimento da indústria em 2023.

Durante o terceiro dia de Rio2C, o diretor-presidente da agência, Alex Braga, afirmou: "2023 vai ser o ano do audiovisual. Só vai perder para 2024, que só vai perder para 2025, e a trajetória agora é de crescimento."

De acordo com Braga, após um momento de crise de confiança, de credibilidade e de maior instabilidade, a agência assume agora sua identidade vocacionada ao desenvolvimento da indústria audiovisual brasileira. E os caminhos para esse exercício miram diferentes fins, desde a desburocratização dos processos de liberação de verbas, passando pela renovação e criação de novas cotas para o audiovisual brasileiro, e, claro, o investimento no setor.

Paulo Sérgio Almeida / Filme B
Rio2C

"Nós temos mais de R$ 1 bilhão disponíveis para a atividade audiovisual já programados para serem anunciados. E, a partir de maio, o Comitê Gestor, tendo a Ancine como secretaria executiva, reúne-se para decidir sobre um novo R$ 1 bilhão em investimento. Em 2023, o Estado vai ter a maior capacidade e o maior volume de investimentos da série histórica da política audiovisual," afirma o diretor da agência. 

Para ele, a institucionalidade e a desburocratização são importantes para que, neste momento, cada agente público cumpra o seu papel e converta essa atuação em possibilidades para os agentes da indústria.

Leonardo Edde, presidente do Sicav (Sindicato Interestadual da Indústria Audiovisual), que mediou o painel da agência, ressaltou a necessidade de não concentrar essa responsabilidade apenas no nível federal e cultural.

"É muito importante que estados e municípios sejam parceiros. O Rio de Janeiro só está conseguindo ter uma retomada de um ciclo completamente quebrado por causa disso. E outros ministérios também precisam nos considerar prioridade, não só o MinC."

Ancine defende modernização das cotas

O diretor-presidente da Ancine ressaltou ainda a necessidade de uma modernização das cotas de tela e de programação para que suas determinações alcancem os objetivos não alcançados pelas diretrizes anteriores, até por causa do desenvolvimento tecnológico.

"A imagem da inovação e da indústria é o cinema. Não vamos preterir de forma alguma a TV e o streaming, muito pelo contrário. Mas fato é que as obras, quando passam pelas salas de cinema, potencializam sua circulação e seu alcance", concluiu Alex.