Referência
no mercado de
cinema no Brasil
Instalado há mais de três décadas na Rua Augusta, em São Paulo, o Espaço de Cinema, comandado por Adhemar Oliveira, ficou lotado na noite da terça-feira, 21, para a apresentação oficial de seu novo patrocinador, a Petrobras. Estiveram presentes cineastas como Daniela Thomas e Helena Ignez, os produtores Rodrigo Teixeira e Sara Silveira, as atrizes Debora Duboc e Giulia Gam, a diretora da Mostra de SP, Renata de Almeida, e a presidente da Spcine, Lyara Oliveira, entre outros. Três filmes brasileiros foram exibidos: Terra Estrangeira (1995), de Daniela Thomas e Walter Salles, e os inéditos em circuito comercial Malês, de Antonio Pitanga, e Kasa Branca, de Luciano Vidigal.
Com o novo patrocínio, o cinema passa a se chamar Espaço Petrobras de Cinema. “Quem me procurou foi a Petrobras. Eles estavam procurando um cinema e tinham conhecimento do nosso trabalho”, explicou Oliveira à Filme B. Entre maio, quando a parceria com o Itaú foi encerrada, até dezembro, ele tocou as cinco salas de forma independente. O patrocínio da Petrobras, de cerca de R$ 5 milhões por dois anos, já permitiu a troca do equipamento de projeção para um sistema a laser.
Na busca da recuperação do setor depois de anos difíceis, Adhemar Oliveira considera a energia do cinema brasileiro fundamental, após a pandemia e governos desfavoráveis à cultura. Por isso, o sucesso de Ainda estou aqui e O Auto da Compadecida 2 é animador.
Por ser um cinema de rua, o Espaço Petrobras de Cinema tem importância para a cidade também. “Para mim, cinema de rua é liberdade, porque o espectador sai e cai no mundo real”, disse Adhemar Oliveira, que administrou cinemas nos shoppings Frei Caneca e Bourbon, na capital paulista. “Meu coração pende para o cinema de rua, porque aqui a gente joga na tela um bocado de coisa que não aconteceria se estivesse dentro de um shopping.”
O aporte financeiro auxilia ainda na manutenção de projetos como Clube do Professor e Escola no Cinema, além de debates e cursos. “Cada um se destina a uma população, a um nicho”, explicou Oliveira, ressaltando o caráter de formação de plateias que o Espaço sempre exerceu. “A ideia é pegar o passado, transformá-lo e jogar para a frente, pensar no futuro”, disse.
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