Referência
no mercado de
cinema no Brasil
A América Latina foi a região que teve o maior crescimento nas bilheterias em 2022. De acordo com dados divulgados pela Variety, o mercado latino-americano arrecadou US$ 1,8 bilhão no ano, representando um salto de 87% em relação a 2021. Por outro lado, o valor ainda fica 31% abaixo da média dos últimos três anos pré-pandemia.
Os principais responsáveis por este aumento local foram México (US$ 0.63 bilhão) e Brasil (US$ 0.35 bilhão), que, juntos, somam mais de 50% do valor total registrado pelas bilheterias da região. Os dois mercados foram os únicos latino-americanos que entraram no top 15 global, no qual o mexicano ocupou a nona colocação, e o brasileiro, a 11ª.
Apesar do forte movimento de recuperação da América Latina, o grande destaque do fechamento global de 2022 ficou com a América do Norte, que retomou o primeiro lugar entre os mercados cinematográficos após dois anos de liderança da China. Com cerca de US$ 7,5 bilhões captados, o mercado norte-americano passou por um aumento de 65% se comparado com o desempenho de 2021 — e 35% abaixo da média entre 2017 e 2019.
Impactada pelas medidas de restrições, China retrai
Já o mercado chinês, impactado por medidas de restrição severas, caiu 36% em relação a 2021, e 49% em comparação com a média de 2017 a 2019. Os cinemas do país arrecadaram cerca de US$ 4,33 bilhões em 2022.
Além do país asiático, outro grande mercado que sofreu queda nas bilheterias foi o russo, que deixou de receber os principais lançamentos hollywoodianos após o início da guerra com a Ucrânia. Por lá, os cinemas registraram uma renda 43% inferior à de 2021, e 57% menor do que a média dos últimos três anos pré-pandemia.
De volta aos crescimentos, Europa, Oriente Médio e África cresceram 52% (US$ 7,1 bilhões) em relação a 2021, e a região Ásia-Pacífico — desconsiderando a China — teve um aumento de 26% ao somar US$ 5,2 bilhões.
Mundo cresce 27%
No total, de acordo com dados da Gower Street Analytics, os cinemas de todo o mundo geraram cerca de US$ 26 bilhões, representando um salto de 27% em relação ao ano de 2021 — ainda 35% abaixo da média registrada entre 2017 e 2019.
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